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quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ano Novo, Velhos Hábitos

Esse papo de ano novo é pura ladainha. O meu emprego é o mesmo, o meu chefe também. O trânsito continua um inferno e os transportes públicos lotados. O calor está de matar e a maioria das pessoas continua ignorando o fato de que isso não é lá muito normal. E os noticiários ainda passam entre as novelas, pra que todos possam esquecer as notícias tristes do dia.

Esse ano não fiz promessas de ano novo e nem listinha de “coisas a fazer” ou “prioridades”. Já ouvi muita gente dizer ano novo, vida nova. Mas a vida não muda por causa do nosso calendário ou porque a Terra completou mais uma vez a sua órbita em volta do sol. A verdade é que mudança é sempre algo que assusta. Mesmo quando você quer que ela aconteça. O inesperado causa um frio na barriga, sempre. Seja bom, seja ruim.

Esse ano eu resolvi que eu não quero deixar nada resolvido de antemão. E essa é minha única resolução! Sempre pensei muito no futuro e pouco no presente. Tenho viagens até a minha suposta velhice. Resolvi reformular meu modo de ver as coisas porque esse ano que passou foi, de longe, o pior. Não quero mais uma vida nova. Eu quero coisas novas pra minha vida, pra minha boa e velha vida.

Estar meio perdido na vida não é vergonha pra ninguém... O irônico é que eu tinha mais convicções e certezas quando era adolescente, antes de entrar na faculdade do que agora. Estranho, não? Tem gente que sabe o que quer da vida desde sempre. Tem gente que nunca vai saber. E nenhuma dessas duas condições determina se essa gente vai ou não ter satisfações.

O problema é que eu quero demais. Quero muitas coisas. Ao mesmo tempo. Não me conformo em ser a mesma coisa todo o tempo, até o fim da minha existência mundana! Haja tédio! Então esse ano resolvi que não prometer nada... Até porque, geralmente, a gente promete coisas pra tentar se enganar e não pra traçar rumos. Não prometi que vou parar de fumar. Não prometi que vou perder peso. Não prometi ir a mais lugares ou ver mais coisas. Não prometi nada.

O negócio agora é fazer o que tem de ser feito. Por mais sem sentido que isso pareça. O negocia é levantar da cama num domingo e ir a um lugar que nunca tenha estado antes, ou ler algo que nunca teve tempo, ou qualquer coisa que dê von-ta-de! Às vezes é preciso deixar o impulso nos controlar. Não dá pra ser metódico o tempo todo, sem pirar. Se der certo, ótimo. Mas se não der, tem sempre aquela opção de virar hippie, não é... Não é!?!?!

2 comentários:

  1. Meu, esse lance de deixar o impulso levar comigo não funciona muito não. Minha dificuldade é ser metódico, porque o impulso já me domina. Mas concordo quando você diz que quer muitas coisas. Eu sempre quero muitas coisas, muiiiitas, e ao mesmo tempo.

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  2. berrio disse...

    tb quero tudo, tudooo mais passei desde o post da década de 80 / ditadura / relógio musical / crepúsculo / vampiros brilhantes pra dizer que essa reflexão de ano novo veio a calhar no momento em que minha mente se encontra...viver do imediatismo não dá, planejar a velhici é insano...passar os dias no busão lotado não dá....saída...sim sim..viremos hippies...

    amanhã...pico do jaraguá ok...as 9..me liga!

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