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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Anos 80 - Certos Modismos



Ah, os anos 80! Que década peculiar! (Sem contar seus respingos nos primeiros anos da década de 90). Se fecho meus olhos agora mesmo, ainda sou capaz de sentir o penteado permanente da minha mãe! E não só o da minha mãe. O de todas as mães. Porque procurar a mamãe na porta da escola não era tarefa fácil. O penteado permanente é uma das coisas mais marcantes da infância de quem era criança nessa época de purpurina colorida! Pensa só: o permanente não aparecia, do nada, na cabeça da maioria das mulheres. As moças iam ao “salão de beleza”.

E qualquer salão de esquina tinha pelo menos uma “nave espacial”. Chamo de “nave espacial” aquela máquina, geralmente azul, que esquentava os cabelos cheios de bob para criar o penteado nas dondocas. Não sei o nome daquela singela geringonça, eu não vejo uma daquelas há muito tempo, mas ficava eu brincando que estava numa nave interplanetária enquanto esperava minha mãe. Até alguma moça chegar e eu perder toda a minha diversão. E que calor fazia aquela coisa! E as moças ficavam lá, uma ao lado da outra lendo o resumo do Vale-Tudo. Nossa, que gafe a minha! Eu aqui escrevendo sobre esse penteado sem levar em consideração que você, caro leitor, pode não ter a menor idéia do que eu estou falando. Imagina um cabelo meio que enrolado, bem redondinho em volta da cabeça. E relativamente alto, para um corte de cabelo. Pois é, eis o permanente! Aliás, a década de 80 foi magistralmente marcada pelos seus excêntricos penteados e corte de cabelos – excêntrico, porque dizer brega é anacrônico. E muita gente lavava seus cabelos bem penteado com creme rinse – o que hoje, talvez, seja a principal causa da calvície em homens perto dos 30. Creme rinse aquele amarelo, clássico. Fora o laquê, essencial para tornar os penteados indestrutíveis, que pra mim tinha “cheiro de avó”.

E que década colorida! Cheia de lantejoulas! As pessoas eram muito mais coloridas do que nos dias de hoje! E, obviamente, para ornar suas roupas com seus relógios, muita gente tinha o Champion Watch Troca-Pulseiras!

Vai dizer que você não lembra?

Contudo, é difícil descrever a moda dos anos 80 sem dizer que sendo que era eu uma pessoa pequenina na época tenho lembranças infantis, ora. Sem contar que ser criança nos anos 80 foi uma dádiva! De pensar no que essas crianças ouvem, assistem e vestem hoje me dá até pena... Enfim... Eu, por exemplo, era feliz usando meus relógios musicais!


Além da pulseira bate-enrola, das blusas da pakalolo, da conga que eu não tirava do pé, um acessório que eu a-do-ra-va era o batom verde 24hrs, que manchava a boca, as bonecas e a cortina da sala!

Cabe aqui lembrar que os modismos são, inevitavelmente, filhos de seu tempo. E aqui quero ressaltar que época cria adornos como as chupetinhas?!?! E muita gente usava, dizendo que trazia sorte... parece que superstição também tem sua época, não? Eu quase não me lembrava disso. Na verdade essa memória foi resgatada no arquivo morto do meu cérebro.

Tem gente que diz que a década de 80 foi um horror. Eu discordo. Toda época tem lá sua beleza. E por que não haveria beleza em penteados enormes, roupas coloridas e músicas frenéticas, hã?

3 comentários:

  1. a minha avó usa esse batom 24 horas até hoje haha. e posso dizer que as cores voltaram! é só ir na porta de um show do restart e verá muitas e muitas cores!

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  2. os anos 80 foram um primor em todos os setores, músicas, moda, penteados exuberantes e o fim da ditadura. não tem como não amar essa década maravilhosa. ^^

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  3. puxa, realmente a década de 80 foi "supimpa"..rs. Infelizmente só pude curtir uns 5 anos dessa década incrível, então minha memória não é muito boa. Lembro da 1ª noite do pijama da escolinha, do fliperama q meu pai tinha na sala de jantar(sim, eu tive infância de verdade)e eu tinha q subir numa cadeira pra jogar...mas a minha lembrança mais incrível, e essa eu desinterrei mesmo, era a minha estrelinha mágica da turma da mônica! Ela acendia uma luzinha e fazia um barulhinho infernal..haha Pega essa, malandro! rs
    Bjokas, Thaís Barros

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