Pra quem gosta de ler, ver e ouvir - e outras coisas do tipo.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Especial: Cinema - 1985

Para continuar a saga dos filmes mais marcantes dos anos 80, a listinha da semana apresenta os de 1985! Confira:


A Cor Púrpura (The Color Purple, EUA)
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Danny Glover, Whoopi Goldberg, Margaret Avery, Oprah Winfrey, entre outros.
Baseado no romance homônimo de Alice Walker, vencedora do Prêmio Pulitzer em 1983, A Cor Púrpura é considerado um belo filme por uns e melodramático em excesso por outros. Fato é que esta película fez muito sucesso na época, tanto de crítica quanto de público. Em suma, aqui temos a narrativa da história de Celi (Goldberg) que, ainda menina, é violentada pelo pai, se torna mãe e é forçada a se separar dos filhos. No desenrolar da trama, Celi revela seu brilhantismo e ganha consciência das possibilidades que o mundo pode oferecer. Recebeu dez indicações ao Oscar, mas não venceu nenhuma.

Cocoon (Cocoon, EUA)
Direção: Ron Howard
Elenco: Don Ameche, Wilford Brimley, Hume Cronyn, Brian Dennehy, Jack Gilford, entre outros
.

Extraterrestres chegam à Terra com a missão de resgatar alguns casulos com seres de outros planetas que estavam numa piscina abandonada. Três velinhos que vivem num asilo nas proximidades começam a usar a piscina, sem desconfiar de nada e passam a se sentir rejuvenecidos e cheios de disposição. Quando descobrem o que está acontecendo, ajudam os extraterrestres a cumprirem sua missão. Cocoon levou o Oscar por Melhor Ator Coadjuvante para Don Ameche e Melhor Efeitos Especiais. Em 1988 saiu uma continuação Cocoon 2 - O Regresso.


Trailer: Cocoon

Os Goonies (The Goonies, EUA)
Direção: Richard Donner
Elenco: Sean Astin, Josh Brolin, Jeff Cohen, Corey Feldman, Kerri Green, Martha Plimpton, Jonathan'Ke Huy Quan, John Matuszak, entre outros.


Um grupo de amigos descobre um possível mapa do tesouro e, intrigados, vão testar a legitimidade do mesmo. Quando começam a perceber que aquilo é real, embarcam numa aventura que podem deixá-los ricos e evitar a destruição de suas casas. A dublagem original (dos Estúdios Herbert Richers), conta com os irmãos Selton e Dalton Mello.

A História Oficial (La Historia Oficial, Argentina)
Direção: Luiz Puenzo
Elenco: Hécto Alterio, Norma Aleando, Chunchuna Villafañe, Guillermo Battaglia, Chela Ruíz, entre outros.

Foi o primeiro filme produzido na América Latina a levar um Oscar de Melhor Filme Estrangeiro para casa. O segundo, também argentino, foi O Segredo de seus olhos, vencedor deste ano.
A História Oficial tem como personagem principal uma professora de classe média que descobre que sua filha adotiva pode ser uma criança cujos pais foram presos políticos durante a ditadura militar, que por lá durou de 1976 a 1983. Li por aí que Puenzo escrevia e pretendia fazer o filme as escondidas do regime militar, mas este acabou ruindo antes do roteiro ficar pronto. Até onde isso é verdade não tive como confirmar, mas esse retrato sobre crueldades cometidas por militares e outros desdobramentos foi lançado logo após a queda da ditadura. Além de nuestros hermanos não viverem solamente de futebol, também tratam a questão da ditadura sob outro viés: não se protege a identidade de torturadores por lá, por exemplo. O filme todo foi rodado em Buenos Aires. Além do Oscar, o filme também foi premiado no Festival de Cannes, no Globo de Ouro e no Festival de Berlim.





"Compreender a história é preparar-se para compreender o mundo. Nenhum povo pode sobreviver sem memória. E a memória é a história dos povos".

De Volta Para o Futuro (Back To The Future, EUA)
Direção: Robert Zemeckis
Elenco: Michael J. Fox, Christopher Lloyd, Lea Thompson, Crispin Glover, Thomas F. Wilson, Claudia Wells, entre outros.

Quem nunca desejou viajar no tempo, por qualquer motivo que seja? Nessa aventura da trilogia De Volta Para o Futuro, Marty Mcfly (Michael J. Fox) realiza essa loucura. Assistente do ambicioso cientista Dr. Emmete Brown (Christipher Lloyd), Marty entra no De Lorean em experimento do Dr. Brown para fugir de terroristas - que procuravam o plutônio roubado pelo Dr. Sem perceber, a carro atinge a velocidade necessária para gerar a energia para viajar no tempo e acaba "pousando" em 1955. Lá, encontra seus pais, ainda jovens. Porém ,Marty acaba alterando a realidade quando sua "mãe" meio que se apaixona por ele. Então ele precisa reorganizar as coisas para não alterar drasticamente o futuro - embora as coisas não sejam mais as mesmas quando se mexe no passado... O filme foi indicado ao Oscar por Melhor Canção Original, Som e Roteiro Original, mas só levou o prêmio por Melhores Efeitos Sonoros.

De Lorean modificado usado como máquina do tempo

sábado, 27 de março de 2010

Placebo em turnê do Battle For The Sun


O Placebo, do vocalista Brian Molko, vem ao Brasil mês que vem em turnê do mais recente disco Battle For The Sun, lançado em 2009. O disco conta com 13 faixas e, segundo o site brasileiro da banda, Molko diz estar satisfeito com o amadurecimento do Placebo: "Acho que chemagos à fase adulta da banda e eu estou muito feliz com o que o Placebo se tornou".

O Disco




Pra quem gosta da banda e acompanhou todos os cds, dá para perceber a gradual transformação do som, mas o Placebo não distorceu sua personalidade. Battle for The Sun conta com 13 faixas. Na faixa 10 - Happy You're Gone e 12 - Come Undone dá gosto de ouvir Molko cantar e o instrumental é denso sem ser pesado. A faixa 03 que dá título ao disco marca bem o que é a cara do Placebo, tanto no som quanto na letra. Você pode até dar uma estranhada quando ouve pela primeira vez, mas logo você se adapta. O disco é bom, vale muito a pena ouvir.


As faixas

01 - Kitty Litter

02 - Ashtray Heart

03 - Battle For The Sun

04 - For What It's Worth

05 - Devil In The Details

06 - Bright Lights

07 - Speak In Tongues

08 - The Never-Ending Why

09 - Julien

10 - Happy You're Gone

11 - Breathe Underwater

12 - Come Undone

13 - Kings Of Medicine


Os Shows


Os Shows do Placebo no Brasil vão rolar em abril. No dia 13 em Porto Alegre, dia 14 em Curitiba, dia 16 em Belo Horizonte e 17 aqui em Sampa. Notícia um tanto agradável para os paulistas esse show num... sábado!

Eu já garanti meu ingresso. Vejo vocês por lá!

quarta-feira, 24 de março de 2010

O Quarto Poder



Uma pergunta que deveria ser mais recorrente nos dias atuais, e que não vemos ser feita é a respeito do papel que jornais e jornalistas têm hoje na sociedade.

Primeiro, devemos fundamentar que nossa sociedade é extremamente midiática e altamente influenciada pelo que é veiculado através dela. O hábito de questionar o que se vê na televisão ou se lê nos jornais não é muito comum. Por isso é fácil notar que tudo que é relatado nesses veículos é direcionado para que públicos específicos tenham conclusões específicas.

Essa sociedade midiática se faz presente a cada vez que há a possibilidade de uma pessoa desconhecida se tornar famosa, seja por qualquer motivo, desde participar de um reality show encarnando uma versão distorcida de si própria para agradar os telespectadores, ou quase sofre agressão física em uma universidade por usar uma roupa chamativa, até o acusado de assassinato da própria filha ou enteada.

O exemplo dos criminosos é bem recorrente, pois há diversos casos bizarros e cinematográficos acontecendo no cotidiano, assistir ao jornal hoje em dia, especialmente essa semana com o julgamento do caso dos Nardoni acontecendo, será uma experiência parecida com assistir uma série policial. Mas o grande problema é que tudo é real. Essa comparação deveria ser descabida, mas na luta pela audiência tudo é glamourizado e transformado em circo para atrair o maior número possível de telespectadores. Longe de mi apontar dedos para suspeitos e definir culpado, mas o que se vê é uma sociedade com sede de vingança e não de justiça enquanto os suspeitos são praticamente transformados em terroristas internacionais.

Esse tipo de glamourização não é privilégio das páginas policiais, pois a mídia esportiva também é vergonhosa. Com banalização da vida pessoal dos atletas. Se alguém puder me explicar como minha vida ficou melhor depois de saber que Tiger Woods é viciado em sexo, ou que o Kaká deixou seu troféu de melhor do mundo na igreja que ele freqüenta, eu ficarei muito satisfeito. Porém essas notícias são esfregadas na nossa cara, e mesmo fazendo o possível pra não ver ou ouvir alguma coisa sempre escapa. Tudo o que não influencia o rendimento do atleta no seu esporte deveria ser omitido, por que a vida particular deles não nos diz respeito e eles merecem o mínimo de privacidade. No caso do Senhor Woods, em minha opinião, deveria ser noticiado somente que ele se afastaria dos campos de golfe por problemas familiares e só!

Figuras do mundo do entretenimento também sofrem com isso, digo sofrem por que alguns tentam ter privacidade enquanto outros se esforçam para chamar a atenção. De novo, como minha vida fica melhor sabendo onde ou com quem algum ator/atriz/cantor/cantora/modelo/vedete almoçou?

Voltando ao papel da mídia jornalística, a princípio é fácil dizer que cabe a elas nos informar dos acontecimentos, mas também ajudar na formação de uma opinião. Assim é muito improvável que jornalistas e escritores consigam fazer seu trabalho de maneira completamente imparcial e objetiva, e acabam por direcionar a reportagem para que o leitor tire conclusões que atendam certos interesses. Conclusões essas, que farão com que o leitor consuma um produto específico, votem em um candidato específico, ou mesmo mude seus hábitos de uma maneira que antes não era cogitado.

Em favor aos jornalistas, devo dizer que ser completamente imparcial é muito difícil mesmo, por mais que se esforce é difícil não “acrescentar” um pouco de si próprio seja em uma obra escrita ou áudio visual, Mas o grande dilema é querer transformar essa obra em uma verdade absoluta e indiscutível.

Então quer dizer que devemos parar de assistir e comprar jornais? CLARO QUE NÃO!!!!!

O que deveria ser feito é tentar assistir ou ler notícias de diferentes mídias e tendências, a fim de expandir seus horizontes opinativos para um espectro mais abrangente, em que não haja julgamentos sem um embasamento cuidadoso.

A função dos jornais passa pela formação e informação social. É possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo, para isso é preciso um comprometimento ético dos veículos de comunicação, que eles respeitem os interesses sociais e ajudem no desenvolvimento das camadas que compõem a sociedade. Todos devem ser informados sobre os acontecimentos, mas sem uma formação crítica a mensagem pode ser deturpada.

Os veículos de comunicação são tão representativos e importantes hoje em dia, que eles representam o quarto poder em vigência, exercendo uma forte pressão na comunidade política, como por exemplo, os horários dos jogos de futebol no meio da semana, que acabam em um horário extremamente incômodo para os torcedores, e não é mudado pela necessidade dos canais de televisão de passar o jogo após a novela. Ou outro exemplo clássico, quando um canal de televisão conseguiu praticamente eleger um presidente em 1989 na edição do último debate entre os candidatos.

A formação de opiniões é uma coisa muito séria, passa pela própria formação de caráter, e em nossa sociedade cada vez mais escrava do quarto poder é imprescindível que os pensamentos sejam livres.

A pior ditadura é aquela em que acreditamos que somos livres.

terça-feira, 23 de março de 2010

Professores em Greve

Depois do futebol, o esporte favorito do brasileiro é a reclamação. Não adianta já ficar de cara feia pelo que eu escrevi, você sabe - assim como eu - que isso é verdade. Reclama-se do trânsito, mas pouco gente anda de bicicleta, por exemplo. Porque, difícil mesmo, não é sair por aí protestanto. Difícil é entender o porquê de se fazer isso. É mudar pequenos hábitos do dia-a-dia que fazem muita diferença. É abrir a mente e ver as coisas sob outros pontos de vistas. É ouvir diferentes opiniões.
Pouca gente entende a greve que os professores do Estado de São Paulo estão fazendo. Veja só: pra começar greve é um direito de todo trabalhador que está sofrendo injustiças no emprego. Direito esse assegurado pela Constituição, livrinho que, pelo que me consta, é a lei máxima de um país soberano.
Você é daqueles que acha que a licenciatura é profissão de quem não gosta de trabalhar? Bom, num país onde não se dá valor para quem nos ensina a ler e a escrever não é tão difícl entender o porque de sermos feitos de bobos - e ainda nos achamos muitos malandros!
Se você acha que é fácil ensinar, eu lhe desafio a tentar! Vai lá, vai ver se é fácil, depois você me conta... porque ensinar, meus caros, é uma arte. É uma das profissões mais importantes da sociedade, pensando que a partir de uma boa educação de base formaremos seres humanos mais críticos, mais ativos e teríamos uma situação de menos desigualdade. Se a escola do Estado oferecesse uma educação de base de qualidade para todos, não precisaríamos de sistemas de cotas. Mas é mais fácil, como sempre, tapar o sol com a peneira do que entender e resolver as raízes das problemas.
Semana passada, Maria Izabel Azevedo Noronha (presidenta do sindicato dos professoes do Estado de são Paulo - APEOESP) escreveu um belo artigo para a Folha de São Paulo explicando o porque da greve. Desde 1998 os professores não tem melhora no poder aquisitivo, é preciso um aumento de 34,3% para equilibrar os salários às necessidades atuais. Você tem aumento todo ano? Que bom pra você! Você acha que não há motivos para greve mesmo?
Todas essas propagandas que vemos na TV sobre a educação é mentira. Quem está na escola sabe. Não se iluda. Nenhuma escola é daquele jeito, pergute pra qualquer um. O material não é de qualidade, os uniformes também não. Não adianta só dar pra dizer que deu, entendeu? A parada tem que funcionar!!!
Não se esqueçam: no começo do século passado pessoas lutaram e, hoje, você tem 13º salário e férias. Jornada de trabalho regulamentada. Consegue se imaginar sem isso?
Todas as cobranças feitas por este Estado ano a ano e exibidos à sociedade serão válidas no dia em que este oferecer subsídios suficientes para o trabalho do educador: boas condições (sem ter medo de apanhar ou ser queimado), equipamentos, número adequado de alunos por sala (não uns 40 num quadradinho quente), material, reciclagens para os professores. A escola pública não é de graça. É mantida com o dinheiro dos nossos impostos, inclusive do seu. Portanto, deve proporcionar o melhor. No dia que o Estado fizer sua parte, fiquem sossegados, os professores farão a deles, porque muitos querem melhorias para trabalhar melhor.
Na entrega de uma obra em São Paulo semana passada, o governador José Serra não apareceu. Parece que ele tinha mais o que fazer, mas pode ter sido a falta de vontade de encarar os professores que protestavam por lá. E o Kassab, prefeito da maior cidade da América Latina, fez uma salva de palmas para o bons professores - que, segundo ele, são aqueles que estão em sala de aula. Do que adianta estar em sala de aula e não fazer um bom trabalho? Porque a educação é o caminho para a mudança. Não temos que ter medo dela, temos que buscá-la, para melhorar!
Professor que não participa do movimento pra não perder bônus e Lisença Premium sabe que está sendo controlado... mas é mais fácil assim! Então vai trabalhar sem motivo e sem vontade... e tudo fica na mesma.
Uma salva de palmas pra quem prefere brigar por melhores condições para ir trabalhar bem do que ficar três meses em casa de lisença. Porque reclamar é essencial, mas desde que se entenda porque. Conseguimos leis trabalhistas assim. Não dá pra entregar os pontos, ainda mais quando se trata da educação... daqueles que serão adultos em breve.

domingo, 21 de março de 2010

Especial: Cinema - 1984

Meus caros, dando continuidade a lista das memoráveis películas dos anos 80, mais alguns pra vocês, dessa vez os melhores de 84! Esse foi, até agora, o ano mais legal de se pesquisar, pois são dele vários clássicos que marcou quem cresceu nessa década colorida...


Gremlins (Gremlins, EUA)
Direção: Joe Dante
Elenco: Hoyt Axton, Don Steele, Scoot Brady, Arnie Moore.



Tudo começa com um pai tentando arrumar o melhor presente de natal para seu filho. Andando por Chinatown, ele encontra o simpático Mogwai. Só que, para manter esse bichinho aparentemente simpático, deve ser cumpridas, à risca, três regras: nunca deixá-lo exposto ao sol nem à luz forte, nunca molhá-lo e, sobretudo, nunca alimentá-lo depois da meia-noite. Como essas regras não são respeitadas, uma série de confusões começam... com muitas criaturas más aterrorizando a cidade! Todos os gremlins são bonecos reais, ou seja, marionetes, fantoches e a técnica do stop motion foram usados para dar vida aos bichinhos mais peculiares do cinema.





Em 1990, uma continuação foi lançada Gremlins 2 - A Nova Turma, do mesmo diretor e também muito divertido! Tão divertido que não sei o que foi melhor: os gremlins cantando New York, New York ou o fofinho do Gizmo "trajado" de Rambo!







A História Sem Fim (Die Unendliche Geschichte / The Neverending Story, Alemanha, EUA)
Direção: Wolfgang Petersen
Elenco: Barret Oliver, Gerald McRaney, Drum Garret, Darryl Cooksey, Nicholas Gilbert.

Baseado no livro do escritor alemão Michael Ende, A História Sem Fim dá vida aos mais encantadores personagens. É uma adorável aventura que o jovem Bastian vive quando abre um misterioso livro.
Em 1990, a história ganha uma continuação A História Sem Fim II: O Próximo Capítulo.

Trailler - A História Sem Fim


Era Uma Vez na América (Oce Upon a Time in America, Itália, EUA)
Direção: Sergio Leone
Elenco: Robert De Niro, James Woods, Elizabeth McGovern, Joe Pesci, Burt Young, entre outros.
Uma obra maravilhosa de Leone, conta a história de David (De Niro) e Maximilliam (Woods), descendentes de judeus que na década de 20 crescem juntos cometendo pequenos crimes em Nova York. Ao longo do tempo, vão ganhando espaço na máfia e, aqueles que foram amigos no passado, se tornam rivais.





O Exterminador do Futuro (Terminator, EUA)
Direção: James Cameron
Elenco: Arnold Schwarzeneger, Michael Biehn, Linda Hamilton, Paul Winfield, entre outros.
O Exterminador do Furuto foi o primeiro da "trilogia" - entre aspas porque trilogia, por definição, consiste em somente três. Um andróide, interpretado pelo governador da Califórnia, vem do futuro com o objetivo de matar a mãe de um futuro líder guerrilheiro humano e, deste modo, evitar seu nascimento. Mas ele não vem sozinho. Um guerrilheiro, também do futuro, vem para proteger essa mulher.
Agora toda vez que, por algum motivo, eu sinta raiva do Cameron eu paro e penso: "calma, ele fez o exterminador...". E vai dizer que não foi muuuito emocionante ver esse filme, pela primeira vez?
O segundo episódio da saga é de 1991, seguido pelo terceiro A Rebelião das Máquinas (o mais fraco de todos) de 2003 e, ano passado, estreiou o quarto filme A Salvação, que é melhor que o terceiro e tem Christian Bale no papel do John Connor. Convenhamos, boa escolha.




Os Caça-Fantasmas (Ghostbusters, EUA)
Direção: Ivan Reitman
Elenco: Bill Murray, Dan Aykroyd, Harold Ramis, Sigourney Weaver, Rick Moranis, Annie Potts, entre otros.
Três professores universitários perdem seus empregos e acabam achando a solução para seus problemas abrindo uma agência especializada em fenômenos espirituais.
Eu me lembro de ficar de pé na sala para ver esses caras saindo do Ecto-1 para enfrentar o Monstro de Marshmallow (Mr. Stay Puft). E aquela musiquinha então? E nem me venha falar que os efeitos são toscos, na época era o máximo, não seja anacrônico! Aproveite o filme, vá! As duas indicações que Ghostbusters recebeu ao Oscar foram, justamente, por Canção Original e Efeitos Visuais. A continuação saiu em 1989.


Who you gonna Call? Ghostbusters!

Sinto-me na obrigação de fazer um adendo aqui: Footloose! Nada me fazia dançar mais na frente da TV do que isso!

Let's Dance!!!!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Porque Acredito na Educação

Antes de mais nada é importante salientar aqui: sim, tem gente por aí que lê! Não só porque precisa, mas porque gosta.
Podemos aqui discutir todo o problema da falta de hábito do brasileiro de ler, por questões, por exemplo, como a falta de incentivo ao hábito da leitura nas escolas públicas. Afinal, não vivemos em um país em que o Estado incentive em nada, entende?
Não incentiva ao hábitos das artes em geral: tem muito músico que trabalha o dia todo e toca a noite... e quem nunca ouviu alguém dizer que todo músico é vagabundo? E quantas pessoas você conhece que dizem se sentir privilegiadas em frente à um quadro, sei lá, do Renoir? E quantas pessoas tem o hábito de ler, com frequência?
Melhor ainda: aqui não existe incentivo para trabalho intelectual. Só se dá valor para trabalho braçal (que, é claro, também tem muito valor), porque quem fica por aí pensando é um inútil que não quer trabalhar. Quer que eu exemplifique?
Vá fazer uma faculdade de humanas, meu caro! Você vai estudar história? Pra quê??? Mas... você vai ser professor? Você só dá aulas ou você trabalha também? E não me venha você dizer que isso é lenda, que isso não existe mais hoje em dia... eu, pessoalmente, ouvi todas essas frases, mais de uma vez!
E aí vem a escola pública! Ah! Para que o Estado vai bancar a educação da grande massa sem nada em troca? O que eles ganham: mão-de-obra barata e alienada, fácil. Você tem em mãos, em geral, uma população carente - sem boas condições de moradia, trabalho, alimentação. Aí você coloca todas elas, umas 40 ou mais, num quadrado onde só há giz, lousa e o professor. O que você espera que aconteça? Mágica?
Só um adendo: não vou defender todos os professores desses país, porque já vi cada figura por aí, que é melhor eu nem me alongar... Mas defendo que há muita gente boa querendo fazer um bom trabalho, mas não consegue. E sabe o que é pior: é que, vira e mexe, algum professor apanha por aí - e o Estado culpa a falta de preparo deles para educar o futuro do país.
Ah, mas quer saber o que é PIOR AINDA?? É ver essas propagandas ma-ra-vi-lho-sas que o Governo do Estado de São Paulo põe na Globo, dizendo que está tudo melhorando e que os professores ganham bônus de até 15 mil reais! Ó, deuses! Que perjúrio!
Tudo bem, nós vivemos em um país cheio de problemas sociais, muitos, os quais não tenho nem domínio para discutí-los aqui, agora. Nós vivemos em um país historicamente formado por um Estado com uma farta capacidade de se aproveitar da carência alheia para enganar as pessoas - e assim continua mantendo-as carentes.
Sim, somos pessoas que não damos valor àqueles que nos ensinam a ler e escrever. E volto ao início do texto: nós não lemos muito. Porque ler é coisa de nerd babaca. Nós fomos educados para não alimentar a mente: porque alimentar a mente é perigoso, vai que os caras saem fazendo revoluções por aí...
Veja só: nós, professores que, teoricamente, formamos uma categoria de trabalho "intelectualizada", que, teoricamente, deveria até mesmo encabeçar movimentos políticos no país, o que eles fazemos? Não muito. Tem uns caras do sindicato que tentam "persuadir de maneira muito efusiva" que todos façam parte de um movimento tal... e aí, o sujeito vai doar sangue cedinho pra não pegar falta! Ou então, o cara se recusa a aderir a greve porque vai perder a Licença Premium... Quanto você vale, professor? Três meses de folga? Você quer melhorer condições de trabalho ou você não quer trabalhar?
Contudo, ao mesmo tempo, eu me recuso a acreditar que não temos escolha alguma. E que todo mundo que não lê, não vai ao museu ou nem faz silêncio numa sala de cinema é assim porque é alienada - porque tem gente que se aproveita da fossa para se acomodar. Tem gente que não faz nada disso, não se dedica à absolutamente nada - e, geralmente, são as primeiras a reclamarem de alguma coisa. Livros são caros, museus nesse país são pagos (e caros pra quem ganha uns dois salários míninos) e cinema não é pra qualquer um - e qualquer pessoa deveria ter acesso à esse tipo de programa, deveria existir incentivos nas escolas para criar o hábito, deveria existir muitos programas gratuitos... É, deveria...
E você também sabe que existe aquela pessoa que tem uma espécie de orgulho de dizer que não gosta de ler e que bate no livro de alguém que está lendo, só para ter um prazer mórbido de atrapalhar o prazer alheio. Sabe aquele cara que teve acesso à uma boa instrução, mas mesmo assim se recusa a entender o conhecimento como um algo bom pra si?
Pois é... tem gente que tem escolha e escolhe ir ver novela, porque é mais fácil. Porque assim dá pra ir dormir feliz. Eu me recuso a acreditar que ninguém tenha escolha, porque é o mesmo que acreditar que nenhuma pessoa consiga tirar alguma conclusão ou mudar alguma coisinha no seu estilo de vida. É tão paradoxo e tão complexo, que funde a cabeça de tanto pensar. Mas deve chegar uma hora em que ninguém aguente mais, né? Ou será que o futebol de domingo vai bastar pra sempre?
Eu acredito na educação como forma de transformação social. Não na educação que doutrina, para um lado ou para o outro. Na educação que mostra que existe mais que um único caminho.
Na educação que mostra o conhecimento como uma arma contra a exploração.
Será que todo mundo acredita mesmo que ser brasileiro é gostar de samba, futebol e bunda - ou há uma galerinha que vive nessa porque, assim, não precisa fazer esforços? Tudo bem que o cara acha isso bonito porque há uma convenção nacional e propagandas pra isso. Mas, com um pouquinho de esforço, será que não dá pra escolher acreditar que ser brasileiro é pesquisar o cara em que se vai votar nas eleições e não escolher o mesmo fulano que já deu escândalo umas 20 vezes? Ou anular seu voto e mostrar que você não concorda com nenhum deles? Mal conhecemos nossa própria história... e nem nos lembramos da última eleição...
Hoje vi que uma matéria sobre do CQC, programa jornalístico semanal da Band, foi censurada. Aquele quadro Proteste Já. Vejam só, minha gente: CENSURA. Aí tenho que ouvir um sujeito qualquer dizer "pobrezinhos dos cubanos, eles não tem liberdade!". E você, tem?

sexta-feira, 12 de março de 2010

Os melhores de 1983

Continuando nossa listinha com os filmes mais marcantes da década de 80, vamos ao top five de 83 - lembrando que estão colocados pelo ano de lançamento.



Danton, O Processo da Revolução (Danton, França, Polônia)
Direção: Andrzej Wajda
Elenco: Gérard Depardieu, Wojciech Pszniak

A Revolução Francesa passou por um período de radicalização revolucionária chamado de "terror". Comandada por Roberpierre, temos uma fase de violenta, com constantes perseguições políticas e uma rotina de execuções pela guilhotina. Danton é um líder revolucionário que critica o rumo do movimento, tornando-se mais um alvo do terror instalado por Roberpierre. Esse drama histórico contou com a excelente interpretação de Depardieu.




E La Nave Va (E La Nave Va, Itália, França)
Direção: Federico Fellini
Elenco: Freddie Jones, Barbara Jefford, Victor Poletti, Peter Cellier, Elisa Mainardi.

É junho de 1914 e amigos, músicos e um jornalista partem num luxuoso navio que leva as cinzas de uma célebre cantora lírica - para espalhá-las nas águas de Erimo, sua ilha natal. Apesar de reunidos para um evento tão fúnebre, essas pessoas não conseguem esquecer suas intrigas e rivalidades. E então a Primeira Guerra explode e alguns refugiados sérvios, são socorridos pelo comandante do navio. É um filme com a marca indiscutível de Fellini: momentos exóticos e personagens bem excêntricos.




Monty Python - O Sentido da Vida (Monty Python, The Meaning of Live, Inglaterra)
Direção: Terry Jones
Elenco: Eric Idle, John Cleese, Terry Gilliam, Graham Chapman, Terry Jones, Michel Palin

O impagável grupo de humor inglês - cínico, sarcástico, áspero e hilário - Monty Python faz um registro sobre os assuntos mais importante da vida: trabalho, religião, morte, casamento e nada escapa a sagaz, inteligente e mordaz crítica do grupo. Ouso dizer: esse filme é ge-ni-al!





Scarface (Scarface, Estados Unidos)
Direção: Brian de Palma
Elenco: Al Pacino, Steven Bauer, Michelle Pfeiffer, Mary Elizabeth Mastrantonio, Robert Loggia, Miriam Collon, entre outros.

Al Pacino vive um dos gângsters mais impiedosos já retratados num filme: Tony Montana. Dirigido por de Palma, Scarface narra a história de um refugiado cubano que abre seu caminho a bala para formar seu império no tráfico de cocaína, em Miami. O roteiro é de Oliver Stone que adaptou a história de 1932: Scarface - A vergonha de uma nação, de Howard Hawks.




Christine, O Carro Assassino (John Carpenter's Christine, Estados Unidos)
Direção: John Carpenter
Elenco: Keith Gordon, John Stockwell, Alexandra Paul, Robert Prosky

Christine é baseado no best-seller de Stephen King (que, pessoalmente, afirmo: o melhor escritor de suspense - terror que já li).
Christine não é um carro qualquer; nela há uma força maligna destrutiva. ela seduz seu dono e faz qualquer crueldade para destruir quem se coloca entre eles.
Tanto o livro quanto o filme conseguem manter o suspense e sua expectativa até o final!



Cena do posto indo pelos ares

quarta-feira, 10 de março de 2010

As Mulheres Mais Perversas da História

Aproveitando o ensejo do Dia da Mulher, uma boa leitura sobre o "sexo frágil" é o livro As Mulheres Mais Perversas da História, escrito por Shelly Klein.
Klein conta as histórias de 15 diferentes mulheres, em épocas totalmente diferentes, que cometeram atos bem repulsivos.
Só para exemplificar, temos Lizzi Borden, que no final do século XIX, nos Estados Unidos, foi acusada de assassinar o pai e a madrasta a machadadas. Como na época era mais difícil provar autorias de crimes - pois ainda não existia nada próximo de um CSI - Borden acabou sendo inocentada das acusações.
O mais interessante é notar que, a mulher, sendo chamada de sexo frágil e coisas do tipo, quando faz coisas que geralmente são feitas por homens, não causam horror pelo ato em si, mas sim pelo fato de ser mulher.
Não dá pra parar de ler!

terça-feira, 9 de março de 2010

Menina solicita demolição da própria escola - com os professores dentro





Seria muito mais engraçado se isso não fosse uma manifestação sociopata de uma menininha... rs

domingo, 7 de março de 2010

Parabéns, mulheres!

Poderia escrever um bocado de pieguices sobre o dia da mulher, mas me recuso a entender essa data como a celebração do fato de que podemos procriar a espécie e também não faz nenhum sentido se sentir na obrigação de presentear ou cumprimentar alguém num dia como hoje só porque passou na novela que é assim que se faz.

Esse dia é para que a gente se lembre que muitas mulheres, no passado, lutaram por direitos que deveriam ser implícitos a nossa condição humana por si só, mas nos foi negado. Se hoje usamos calça comprida e cabelo curto é porque preconceitos medíocres como esses foram quebrados. Se hoje, por lei, temos o direito de receber o mesmo que um homem, num mesmo cargo, numa empresa qualquer, é porque alguém foi atrás desse direito. Só para exemplificar, aqui em terras onde canta o sabiá, as mulheres passaram a ter direito ao voto a partir da Constituição de 1934 - e isso não faz nem cem anos! Sem contar que, ainda hoje, existem mulheres que se dedicam a ajudar outras que apanham do marido e não conseguem se livrar da situação sem ajuda. Posso ficar lembrando situações e mais situações para exemplificar que a mulher, como qualquer outra "minoria" numa sociedade de homens brancos, teve muito trabalho para ter uma vida livre de submissão e, mesmo assim, sabemos muito bem que ainda há muito o que se fazer para neutralizar pensamentos e atitudes machistas e mesquinhas.

Agora, vamos ao assunto que me inspirou à escrever sobre a mulher. Outro dia estava fuçando pela internet quando me deparei com esta capa de revista:


Pelo que entendi essa é uma edição do ano passado, então é provável que essa criança já tenha nascido e tudo mais. Também pouco importa quem é Ingrid Guimarães. A questão é a seguinte: como é que existe tanta mulher disposta a aceitar que não existe outra opção na vida do que cultivar um corpo padrão para buscar sucesso e felicidade? A maioria das revistas voltadas para o público feminino estampam na capa: como ser bonita, magra e sexy - porque precisam nos convencer que só somos bonitas se formos magras e, por consequência, que só nos sairemos bem na insana luta para agarrar um bom partido se formos sexy e para tal temos que ser magras! Sou eu ou isso tudo soa meio esquisito demais?


Veja, ninguém aqui quer soar hipócrita! O problema não é se preocupar com a aparência; o problema é SÓ se preocupar com isso. A questão é acreditar que esse é o ÚNICO caminho possível para... ser feliz!

Olhem lá pra capa da revista de novo... AGORA sim o que mais me deixou... intrigada, digamos assim. Podemos ler o seguinte, na parte inferior: Atriz revela como faz para se manter bela e em forma durante a gravidez. Isso significa que uma mulher não pode engordar uns quilinhos nem quando está carregando uma vida em seu ventre? Nem quando engordar é absolutamente normal?


Você se lembra daquele provérbio latino Mens Sana in Corpore Sano? Significa Mente Sã em Corpo São, ou seja, a complementaridade entre mente e corpo. Uma mente funciona melhor num corpo saudável. Então, buscar um corpo mais bonito e saudável não pode ser o oposto de usar a cabeça pra pensar - afinal ela não serve só para separar as duas orelhas!


Por que será que nenhuma capa dessas revistas mais populares coloca uma mulher que precisou dormir pouco, comer mal para concluir um curso na faculdade e, depois de tudo, conseguiu se destacar naquilo que faz - mesmo sendo meio gordinha?


No fim das contas, eu me deparo com a seguinte situação: eu posso votar e trabalhar, posso escolher se e com quem vou me casar e posso optar por não ter filhos, mesmo causando um assombro em muita gente com minhas escolhas, posso viver bem assim porque tenho escolhas (é claro que essa premissa não vale para todas as mulheres, até porque muitas usam burca, né?)
Mas se eu resolver ter meus rebentos, terei que manter a forma! Afinal não ser o que todo mundo espera não é bonito nem aceitável. No fim das contas, sou mais corpo do que mente.


E vamos deixar claro que não estou dizendo que não devemos nos casar, ou ter filhos, ou ir na academia. Não estou dizendo que não devemos nos depilar. Feminismo não é o contrário de machismo. O que não podemos deixar é que nossos corpos sejam colocados como prioridade em detrimento de nossas mentes. Mens sana in corpore sano lembra? Não temos obrigação de ser o que está na revista, colega. Porque podemos ser o que quisermos. Peluda ou não, decidir é a solução. Liberdade, nesse caso, é escolha.


É moças... entretanto, é uma pena ver que ainda temos muitos sutiãs à queimar!!!!!

É claro, isso é só um gesto simbólico, tá? Não sou piromaníaca!

sábado, 6 de março de 2010

Histórias em Quadrinhos- Super-Homem

Como primeiro post de quadrinhos, eu achei que era justo fazer sobre o maior SUPER-herói de todos os tempos(já que o Batman não tem poderes), sim pessoas, a seguir algumas considerações sobre o Super-homem e a melhor história que eu já li dele.

Em primeiro lugar vamos entender o que a figura desse super-herói significa ao longo do tempo.

Criado em 1938 por Jerry Siegel e Joe Shuster, foi o primeiro super-herói a surgir, popularizando o gênero das histórias em quadrinhos com um apelo maior para o público mais jovem. Lançando histórias com mais ação e aventura, e personificando alguns ideais de vida, principalmente, norte-americanos. Devido a esse apelo e por ser o primeiro do gênero super-heróico, ele é considerado o maior de todos os heróis e líder natural da Liga da Justiça que segue todas as regras, e por isso é chamado de escoteiro. Ele é o ser maior forte do planeta, pode voar, todos gostam dele e se curvam ante sua compaixão com os fracos e oprimidos.

Por alguns desses motivos gera muita antipatia com alguns fãs de histórias em quadrinhos como usar as cores da bandeira no seu uniforme, sempre seguir as regras, às vezes até certa ingenuidade, e não usar o cérebro e somente a força.

A série em questão é a Grandes Astros ( All Star no original) que tinha a idéia de usar o grandes ícones da editora em histórias que não tivessem comprometimento com a cronologia oficial das revistas mensais, além disso foram escaladas equipes criativas de peso para as duas séries com Grant Morrison e Frank Quitely em Superman e Frank Miller e Jim Lee para o Batman.

Bom, pra começar vamos deixar claro, Grant Morrison é um gênio !! Deve ser colocado no mesmo patamar de Alan Moore, Frank Miller e Neil Gaiman. Com a mini-série Grandes Astros Superman ele conseguiu resgatar elementos da mitologia do herói que a muito tempo não se faziam necessários como o próprio supercão, Kripto, e os coadjuvantes que trabalham no planeta diário, e a variedade de cores da kriptonita.

Além disso, conseguiu retratar a personalidade do personagem com muita clareza, que é a de ajudar as pessoas, por que ele acha isso certo. Esse é na verdade o mérito dele, uma vez que foi criado por um casal de fazendeiros do interior a diferenciação de certo e errado é muito clara, junto da bondade intrínseca, que é uma alusão clara a pureza dos moradores do campo, que se mantém longe da malícia da cidade onde todos têm conceitos acinzentados, mas ainda assim é pra onde ele vai depois de crescer.

Dito isso, vamos a história em si: O Super-homem salva uma expedição que estava no Sol de uma monstro construído e controlado por Lex Luthor, mas em contrapartida absorve uma carga de energia solar maior do que suas células conseguem processar, assim ele ficará exponencialmente mais forte , mas também morrerá por isso.

A partir daí o Super-homem assume a tarefa de preparar o mundo para sua ausência. Tentar consertar as coisas e acertas as pontas soltas de sua existência até ali, isso incluí sua situação com Lois Lane, seu grande amor, e com a cidade engarrafada de Kandor com uma ultima medida do professor Quintum para devolvê-los ao tamanho normal.

Impressionantemente encara uma espécie de doze trabalhos mencionado por Sansão um viajante temporal, que lhe mostra a capa do jornal com a manchete de sua morte, e mesmo assim ele não se abala e salva, a sempre em perigo Lois Lane, somente usando a inteligência. Mas também vemos a preocupação desse herói em ir além de ameaças megalomaníacas, monstros interplanetários, e a invasão do planeta Bizarro. Ele também se preocupa com questões cotidianas, nada tão babaca como salvar um gato de cima de uma árvore, mas sim conversar com um suicida em seu derradeiro momento, ou curar o câncer em crianças no estado terminal.

Mas um momento que merece destaque é a experiência da criação de um mundo executada pelo herói para analisar como eles se sairiam sem seu protetor máximo. O que nos leva a questionamentos mais existencialistas da figura de um salvador, que como é colocado nesse mundo paralelo que ele sempre existirá, mesmo que de forma ficcional.

SPOILER(se não quer saber o fim da história pule esse parágrafo)-Por fim a grande vitória dele sobre seu arqui-inimigo vem justamente quando os papéis estão invertidos, Luthor está com poderes devido a uma fórmula, enquanto o Super-homem está cada vez mais fraco devido ao envenenamento celular, mesmo assim,usando a inteligência, ele sai vitorioso e ainda usa o restante de seus poderes para consertar o sol que havia sido “contaminado” por Lex.

Essa história é sem precedentes, por que mostra um Super-homem perfeito, mas que mesmo assim é uma criatura solitária por que não existe mais ninguém como ele, que ame tanto sua cultura natal , a kriptoniana, quanto o planeta que lhe acolheu, a Terra. Mostra que acima de tudo ele é SUPER por se preocupar com as pessoas mais do que elas mesmas, que é um ser que sente um amor que nunca poderá ser consolidado, e sofre com todas as perdas comuns aos humanos e todas vezes que alguma coisa não é como deveria ser. O Super-homem é um modelo a ser seguido como pessoa e para evolução da espécie, é comum ao homens precisar de um norte para não se perder no meio de tantas possibilidades que a vida nos apresenta.

Não existem personagens ruins, e sim os mal aproveitados, nem só de socos e pontapés vivem os super-heróis mesmo que quanto maior o desafio maior o herói , e o que mais aproxima os heróis dos leitores são as coisas que eles têm em comum.

Nota final- Sim ... é Super-homem, e não Superman. Eu também falo Guerra nas Estrelas e Comandos em Ação.

Weezer - Raditude



Essa é a capa do sétimo e mais recente álbum de estúdio do Weezer - Raditude, lançado em outubro do ano passado. Só de olhar a capa já dá pra imaginar o quão excêntrico esse Rivers Cuomo é, não? Quando você ouvir o disco terá certeza. Muitos fãs não curtiram essa empreitada da banda, principalmente por causa das experiências que o Dr. Cuomo resolveu fazer: a quarta faixa do disco Can't Stop Partying tem uma pegada bem rap, com direito a participação especial de um tal de Lil Wayne - que nunca vi mais gordo. Sem contar a baladinha Love is the Anwser, com direito a trechinho cantado em híndi - pelo menos eu imagino eu que seja híndi...
O disco é bom, sim. Goste ou não, Rivers continua fazendo o que gostamos de ouvir, mesmo tendo umas viagens beeeeem diferentes... A faixa Trippin' Down The Freeway é sensacional! E a primeira faixa do álbum (If You're Wondering If I Want You To) I Want You To é tão divertida quanto o vídeo, que veremos aqui:


quinta-feira, 4 de março de 2010

Cinema - Filmes 1982

Olá! Continuando nossas listinhas, lhe apresento os filmes mais marcantes lançados em 82:

Poltergeist - O Fenômeno (Poltergeist, EUA)
Direção: Tobe Hooper
Elenco: Craig T. Nelson, JoBeth Williams, Dominique Dunne, Oliver Robins e Heather O'Rouke.

Polter, que em alemão significa ruído e geist, espírito, formaram o título desse filme escrito e produzido por Steven Spielberg que, definitivamente, não é um baita filme, não mesmo. Mas muita gente ficou com aquele medinho vendo a história de uma família visitada por fantasmas e que fenômenos paranormais vão ficando mais estranhos e intensos a cada momento. O filme teve sequências: Poltergeist II - O Outro Lado (1986) e Poltergeist III - Cresce o Pavor (1988). Interessante é que muitos atores tinham medo de atuar nas continuações do filme, pois cinco morreram durante as gravações do primeiro longa, fora as histórias assombrosas que, reza a lenda, aconteciam com quem participou do filme.



E.T. - O Extraterrestre (E.T. - The Extra - Terrestrial, EUA)
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Henry Thomas, Drew Barrymore, Dee Wallace-Stone, Peter Coyote e Debra Winger (que faz a voz do E.T.)

Contando a história de um alienígena perdido na Terra que faz amizade com um menino de dez anos, esse foi o primeiro longa a ultrapassar a marca de 700 milhões de doláres de arrecadação (que hoje não é muito perto do que Avatar já ganhou, mas pra época...). Fez - e ainda faz - tanto sucesso porque é atemporal e retrata uma amizade mágica e sem fronteiras.
No Oscar de 1983 venceu nas categorias Melhor Trilha Sonora, Efeitos Especiais, Efeitos Sonoros e Som e ainda concorreu para Melhor Filme, Diretor, Roteiro Original, Fotografia e Edição.


Fanny e Alexander (Fanny och Alexander, Alemanha, França e Suécia)
Direção: Ingmar Bergman
Elenco: Kristina Adolphson, Börje Ahlstedt, Pernilla Allwin, Kristian Almgrem, Allan Edwall entre outros.
No ínicio do século XX, um casal de irmãos perde seu pai. Logo, o garoto - Alexander - começa a ver o espírito do pai. Um tempo depois, a mãe Emilie se casa de novo, com um sujeito extremamente religioso e rígido, e os irmãos são obrigados a viver em uma casa de hábitos muito severos. Este fora um dos mais famosos trabalhos de Ingmar Bergman, que também assinou o roteiro desse longa e levou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, Fotografia, Figurino e Direção de Arte, em 1984.




A Escolha de Sofia (Sophie's Choice, EUA)
Direção: Alan J. Pakula
Elenco: Meryl Streep, Kevin Kline, Peter McNicol, Rita Karin, entre outros.

Baseado no romance William Styron, de 1979, A Escolha de Sofia narra o dilema de uma mãe polonesa que, num campo de concentração, é forçada por um soldado nazista a escolher um dos seus filhos para ser morto. Se não escolhesse nenhum, todos seriam mortos. A história é contada por um aspirante a escritor que, já em 1947, acaba tendo Sofia como vizinha. A atuação de Meryl Streep foi maravilhosa, tanto que lhe rendeu vários prêmios como Melhor Atriz, no Oscar, no BAFTA e no Globo de Ouro.





Blade Runner, O Caçador de Andróides (Blade Runner, EUA)
Direção: Ridley Scott
Elenco: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Edward James Olmos, M. Emmet Walsh, Daryl Hannah, entre outros.

Este longa de ficção científica vislumbra uma Los Angeles em 2019, onde é necessário que blade runners (uma polícia especial) caçe e "aposente" os replicantes - criaturas criadas para serem semelhantes aos humanos, porém mais fortes e ágeis, de modo a excercer tarefas desagradáveis para os homens. São criados no contexto da humanidade iniciando a colonização espacial. Esses replicantes têm um desenvolvimento agressivo e se rebelam - e passam a ter a presença proibida na Terra. Foi indicado ao Oscar, em 1983, nas categorias Melhor Direção de Arte e Melhores Efeitos Visuais.