Pra quem gosta de ler, ver e ouvir - e outras coisas do tipo.

domingo, 24 de janeiro de 2010

O Natal e a Linha do Equador

Dezembro agora estava passando pela Paulista, observando a decoração de natal, quando me deparei com algo que, acho eu, nunca compreenderei. Num certo ponto da mais paulista das avenidas, uma multidão chamou minha atenção. Isso porque havia um coral cantarolando músicas de fim de ano. Até aí, tudo bem. Confesso que não sou uma pessoa lá muito natalina e, na prática, tudo isso não tem significado algum pra mim. Mas que seja. O que eu não me conformo mesmo é com esse inconformismo de “não-neve”.

Então lá estava eu, parada no semáforo, quando começa a “nevar”. Sim meus caros, neve! Tudo bem que São Paulo tem um clima bem peculiar, mas neve já é demais! Eu coloquei a mão pra fora do carro e descobri: a neve era sabão. Pois bem.

Desde há muito tempo, aqui no Brasil, em dezembro é verão. Sabe como é. Aula de geografia básica. A Linha do Equador é uma linha imaginária que divide o mundo em hemisférios norte e sul. Devido ao movimento de translação da Terra e seu eixo de inclinação nós, pessoinhas que vivem abaixo da Linha do Equador, ou seja, no popularmente conhecido hemisfério sul, passamos pelo verão em dezembro, já o pessoal do hemisfério norte fica com o inverno nessa época! É assim que funciona!

Então, goste ou não, não neva no nosso natal. E é muito provável que você passe o feriado de chinelas e blusa sem manga. E qual o problema nisso? Não sei. Falta de glamour? Ou é babaquice mesmo? Porque começo a achar que a segunda opção é bem mais provável.

Tudo bem que a TV só passa filmes norte-americanos de natal nessa época, e lá as pessoas cantam felizes vendo a neve pela janela, e tudo aquilo parece tão bonito... Ai, ai... Contudo querer ser o que não é já é bem triste... agora querer mudar o clima é prepotência demais! Aqui não é ! Só isso, simples assim. Deu pra entender? Aceite que você vive nos trópicos, área mais quente do mundo! E digo mais: fiquei sabendo por fonte fidedigna que até Papai Noel vem pra cá de bermuda e regata! Ou você acha que ele agüenta o calor naquela roupa quente?

Não fique triste, na Austrália também está fazendo calor. Chiquérrimo, não? E olha que eles falam inglês! Só me faça um favor: não me venha ficar emocionado com neve de sabão. Aí já é demais. Não tem espírito natalino que agüente!

O dia em que nevou na Paulista - em pleno verão.


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O Elenco do Próximo filme do Homem-Aranha

O próximo Filme do Aranha...
Muito bem ... uma das notícias que mais rodaram o mundo nas ultimas semanas é que Sam Raimi e Tobey Maguire saíram da franquia do Homem- Aranha por diferenças criativas. Pra quem não acompanha as notícias relacionadas, entenda, as duas partes brigaram por causa do roteiro, acredita-se que por causa dos vilões que apareceriam no filme . Baseado no terceiro filme da série, o mais criticado pelos especialistas , acredita-se que Raimi não queria abrir mão de suas escolhas, uma vez que incluiu o Venon por uma certa pressão do estúdio. Agora , ele não quis ceder e a Sony Pictures , dona dos direitos do personagem no cinema resolveu por bem que vão recomeçar tudo, com Peter Parker voltando ao colegial , e ficando por lá...
Isso muito me lembra o universo Ultimate criado pela Marvel para revitalizar e deixar a origem dos seus personagens um pouco mais atualizada. Então levando em consideração esse universo, vamos fazer um exercício pra escalar o elenco desse filme:
Peter Parker
Emile Hirsh já provou que tem talento em “Na natureza selvagem”, encarar um adolescente descobrindo seus poderes não deve ser difícil. Fora que a carreira dele até está precisando de um grande sucesso, já que o seu “Speed Racer” dividiu opiniões. Fazer um Peter Parker na escola e trabalhando no Clarim Diário deve ficar muito bom.

Mary Jane
Evan Rachel Wood já provou ser um dos grandes talentos de sua geração e não vai ter problemas pra fazer uma Mary Jane mais agitada e menos donzela em perigo, fora que ela precisa de um papel com destaque em uma grande produção.



Tia May
Pra interpretar uma Tia May mais independente e meio hipponga( mas que continua se recusando a morrer decentemente), tem que ser alguém de calibre, e nada melhor do que Ellen Burstyn que já ganhou o Oscar por “Réquiem para um sonho” como melhor atriz. Ela iria segurar as pontas com os “adolescentes”.





Norman Osborn
Michael C. Hall, é um grande ator, ele prova isso vivendo semanalmente o psicopata Dexter, acho que ele ficaria ótimo maquinando seus planos como Norman, e também como o Duende Verde. Mas a gente pode cortar as partes da risadas maléficas do seu predecessor.





Harry Osborn
Chace Crawford de Gossip Girl tem o ar de superioridade sem querer com as outras pessoas, já que ele é rico e tudo mais(Aliás na série ele já faz papel de mauricinho babaca mesmo!!). Nada muito difícil de se conseguir em uma atuação, até por que ele não deve aparecer muito mesmo.




Gwen Stacy
Anna Faris é como uma veterena na parte jovem do elenco. Mas é que ela ficou muito parecida com a Gwen Stacy, dá pra ela ser um alívio cômico pela sua experiência em filmes de comédia enquanto a tragédia da vida dela não acontece.




J.J. Jamenson
Hughie Laurie É o House, e J.J. Jameson nada mais é do que o Dr. House do jornalismo ...ia ficar perfeito!!





Agora pra coordenar tudo é preciso um diretor com uma boa mão tanto pra ação e efeitos especiais, quanto pra conduzir os atores. Se James Cameron não estivesse tão ocupado com sua refilmagem interplanetária de “Dança com Lobos” talvez ele fosse a escolha certa, porém diante de uma escolha nova sou obrigado a cogitar: Steven Spielberg ( se é pra sonhar , eu vou bem alto né ).

ATUALIZADO: A Sony já confirmou que Marc Webb é o diretor do próximo Homem-aranha. Webb é o diretor do excelente “(500) dias com ela”, tem apenas esse filme no currículo e provavelmente foi escolhido por que pode ser mais maleável com os desejos do estúdio.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Anos 80 - Certos Modismos



Ah, os anos 80! Que década peculiar! (Sem contar seus respingos nos primeiros anos da década de 90). Se fecho meus olhos agora mesmo, ainda sou capaz de sentir o penteado permanente da minha mãe! E não só o da minha mãe. O de todas as mães. Porque procurar a mamãe na porta da escola não era tarefa fácil. O penteado permanente é uma das coisas mais marcantes da infância de quem era criança nessa época de purpurina colorida! Pensa só: o permanente não aparecia, do nada, na cabeça da maioria das mulheres. As moças iam ao “salão de beleza”.

E qualquer salão de esquina tinha pelo menos uma “nave espacial”. Chamo de “nave espacial” aquela máquina, geralmente azul, que esquentava os cabelos cheios de bob para criar o penteado nas dondocas. Não sei o nome daquela singela geringonça, eu não vejo uma daquelas há muito tempo, mas ficava eu brincando que estava numa nave interplanetária enquanto esperava minha mãe. Até alguma moça chegar e eu perder toda a minha diversão. E que calor fazia aquela coisa! E as moças ficavam lá, uma ao lado da outra lendo o resumo do Vale-Tudo. Nossa, que gafe a minha! Eu aqui escrevendo sobre esse penteado sem levar em consideração que você, caro leitor, pode não ter a menor idéia do que eu estou falando. Imagina um cabelo meio que enrolado, bem redondinho em volta da cabeça. E relativamente alto, para um corte de cabelo. Pois é, eis o permanente! Aliás, a década de 80 foi magistralmente marcada pelos seus excêntricos penteados e corte de cabelos – excêntrico, porque dizer brega é anacrônico. E muita gente lavava seus cabelos bem penteado com creme rinse – o que hoje, talvez, seja a principal causa da calvície em homens perto dos 30. Creme rinse aquele amarelo, clássico. Fora o laquê, essencial para tornar os penteados indestrutíveis, que pra mim tinha “cheiro de avó”.

E que década colorida! Cheia de lantejoulas! As pessoas eram muito mais coloridas do que nos dias de hoje! E, obviamente, para ornar suas roupas com seus relógios, muita gente tinha o Champion Watch Troca-Pulseiras!

Vai dizer que você não lembra?

Contudo, é difícil descrever a moda dos anos 80 sem dizer que sendo que era eu uma pessoa pequenina na época tenho lembranças infantis, ora. Sem contar que ser criança nos anos 80 foi uma dádiva! De pensar no que essas crianças ouvem, assistem e vestem hoje me dá até pena... Enfim... Eu, por exemplo, era feliz usando meus relógios musicais!


Além da pulseira bate-enrola, das blusas da pakalolo, da conga que eu não tirava do pé, um acessório que eu a-do-ra-va era o batom verde 24hrs, que manchava a boca, as bonecas e a cortina da sala!

Cabe aqui lembrar que os modismos são, inevitavelmente, filhos de seu tempo. E aqui quero ressaltar que época cria adornos como as chupetinhas?!?! E muita gente usava, dizendo que trazia sorte... parece que superstição também tem sua época, não? Eu quase não me lembrava disso. Na verdade essa memória foi resgatada no arquivo morto do meu cérebro.

Tem gente que diz que a década de 80 foi um horror. Eu discordo. Toda época tem lá sua beleza. E por que não haveria beleza em penteados enormes, roupas coloridas e músicas frenéticas, hã?

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Sobre Adaptações Históricas



Falando a respeito de adaptações históricas em outras mídias como em filmes, livros e histórias em quadrinhos, eu vou começar com alguns exemplos baseados na minha opinião quem não concordar ótimo. Nos filmes que de uma forma ou de outra atingem mais pessoas. Quando um desses filmes tenta realizar a reconstrução de um fato ou da vida de uma pessoa célebre normalmente sai merda. Não consigo pensar em um filme nesse estilo que seja bom, porém em tempos recentes sou obrigado a citar a cinebiografia ALEXANDRE de Oliver Stone, que apesar de muito controversa com relação a sexualidade do personagem, não se propõe a retratar a vida inteira dele ou mesmo enfatizar sua faceta mais conhecida, a de grande conquistad

or. Na minha interpretação do filme, o mais importante é relação dele com as pessoas ao seu redor como seu pai, sua mãe, seus companheiros de batalha e até mesmo Aristóteles. Reparem que o filme dá saltos, e as cenas com Alexandre são memórias do seu companheiro Ptolomeu e no final ele mesmo manda seu escriba jogar fora as anotações quando nem ele mesmo, que viveu as façanhas, dava crédito a elas. Este filme é perfeito como recriação Histórica? Eu não sei,provavelmente não, mas eu não estava lá, mas consegue se aproximar muito baseado no que já foi encontrado em sítios arqueológicos,e no que foi estudado profundamente, como eu disse Alexandre Magno é uma personagem histórica célebre e este filme é recomendável com oum visão dessa história.

Com relação as histórias em Quadrinhos, eu tenho que citar “ OS 300 de Esparta” de Frank Miller e Lynn Varley , que trata da batalha das Termópilas no ano de 480 a.C. na Grécia , fala sobre a heróica luta dos gregos para impedirem as invasão de seu país pelos persas. Nessa recriação da antiguidade, Frank Miller autor de uma das maiores histórias em quadrinhos de todos os tempos (Cavaleiro das Trevas) coloca em primeiro plano a ser retratado o código de honra dos espartanos e a luta pessoal de seu rei Leônidas. Mesmo fazendo concessões com relatos históricos, podemos dizer que Miller fez um trabalho excepcional. Suas licenças poéticas não o colocam em contradição histórica,e ainda por cima engrandecem a narrativa para os quadrinhos, e em momento algum ele se propõem a ser historiador , apenas conta uma excelente História com ilustrações maravilhosas, sendo muito fiel ao escritos de Heródoto, considerado o “pai” da História , mas que muito de seu livro é tendencioso.

Esta é uma história que privilegia o heroísmo, com uma visão muito clara de quem é bom e quem não é.

Aprecie a leitura.

Crepúsculo

Segundo o dicionário, crepúsculo significa claridade frouxa, que precede o nascer do Sol ou persiste algum tempo depois de ele se pôr. Mas se você resolver sair por aí perguntando o que é crepúsculo, a maioria irá te dizer que é um filme ou um livro.

Não, eu não li o livro. Então vou poupar a tal da Stephenie Meyer que escreveu este e mais três “obras-primas”: Lua Nova, Eclipse e Amanhecer.

Mas eu vi o filme. Ah, era domingo a noite e estava passando na TV. Tudo bem, eu sei, isso não é desculpa o suficiente. A culpa é minha, eu sei. Mas agora eu já vi, vou fazer o quê?!?!

É claro que não estava eu esperando nenhuma obra de Alain Resnais. Contudo, foi muito pior do que eu esperava. A palavra “entretenimento” perdeu o significado pra mim.

Resumindo um pouco a coisa, a protagonista Bella (que teve o azar de ser interpretada por uma atriz sem nenhuma expressão facial) conhece um garoto rico e pálido chamado Edward, que faz parte de uma rica e pálida família. A moça muito astuta começa a desconfiar das esquisitices do sujeito pelo qual se encontra apaixonada. E o que ela faz? Ela procura informações no GOOGLE! Afinal de contas, hoje em dia, dá pra encontrar absolutamente tudo no google, não é mesmo, minha gente?

Vale lembrar que Robert Pattinson (ator que interpreta Edward) é o mocinho de filme mais maquiado da história do cinema, se não me falha a memória. Nem em filme que retrata a corte de Luís XIV da França no começo do século XVIII tem tanto pó branco!

Enfim, dentre as importantes questões que o casal apaixonado enfrenta estão “como vamos nos amar se você é um vampiro e quer meu sangue?” e “você é humana e vai envelhecer e eu não” e aí coloca-se mais um fator surpreendente: o sujeito se tornou vampiro com cara de 17 aninhos e está condenado a passar a eternidade assim. O que ele faz então? Ele cursa o high school várias vezes, como nos mostra a coleção de chapéus de formatura que a família esquisita tem na parede! Afinal, que vampiro não iria pra escola várias e várias vezes, passando por todas as humilhações que existe na escola norte-americana, especialmente sendo pálido e estranho?! Vai me dizer que você não faria essa escolha, se fosse um vampirinho bonzinho?

Você acha que já acabou? Não! A melhor parte vem quando o casalzinho vai passear no bosque e o vampirinho apaixonado revela o porque dos vampiros não saírem à luz do sol: é porque a pele deles brilha como diamante!!!! Vamos lá, vou repetir: os vampiros brilham!! Isso é quase uma heresia ao tradicional mito de virar pó, mas quem sou eu pra julgar...

Além disso, temos o fato de que os vampiros se reúnem na floresta pra jogar beisebol (porque sair na porrada não pode: é politicamente incorreto) e mordem o pulso (sim, pulso... pescoço é coisa do passado).

Isso sem falar nas cenas de “ação”. Bom... eu não vi nenhuma... devo ter cochilado. Desculpem-me.

E no fim das contas, qual é a conclusão que podemos chegar de tudo isso? Que assim se perdem duas horas de sua vida. Eu sou o tipo de pessoa que põe panos quentes na maioria dos filmes. Porém, esse me dá vergonha alheia. Mas tudo bem. Temos que levar tudo como um aprendizado! E eu aprendi que não vou ver nenhum dos outros filmes, de jeito nenhum.

Versão alternativa do final de Crepúsculo

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ano Novo, Velhos Hábitos

Esse papo de ano novo é pura ladainha. O meu emprego é o mesmo, o meu chefe também. O trânsito continua um inferno e os transportes públicos lotados. O calor está de matar e a maioria das pessoas continua ignorando o fato de que isso não é lá muito normal. E os noticiários ainda passam entre as novelas, pra que todos possam esquecer as notícias tristes do dia.

Esse ano não fiz promessas de ano novo e nem listinha de “coisas a fazer” ou “prioridades”. Já ouvi muita gente dizer ano novo, vida nova. Mas a vida não muda por causa do nosso calendário ou porque a Terra completou mais uma vez a sua órbita em volta do sol. A verdade é que mudança é sempre algo que assusta. Mesmo quando você quer que ela aconteça. O inesperado causa um frio na barriga, sempre. Seja bom, seja ruim.

Esse ano eu resolvi que eu não quero deixar nada resolvido de antemão. E essa é minha única resolução! Sempre pensei muito no futuro e pouco no presente. Tenho viagens até a minha suposta velhice. Resolvi reformular meu modo de ver as coisas porque esse ano que passou foi, de longe, o pior. Não quero mais uma vida nova. Eu quero coisas novas pra minha vida, pra minha boa e velha vida.

Estar meio perdido na vida não é vergonha pra ninguém... O irônico é que eu tinha mais convicções e certezas quando era adolescente, antes de entrar na faculdade do que agora. Estranho, não? Tem gente que sabe o que quer da vida desde sempre. Tem gente que nunca vai saber. E nenhuma dessas duas condições determina se essa gente vai ou não ter satisfações.

O problema é que eu quero demais. Quero muitas coisas. Ao mesmo tempo. Não me conformo em ser a mesma coisa todo o tempo, até o fim da minha existência mundana! Haja tédio! Então esse ano resolvi que não prometer nada... Até porque, geralmente, a gente promete coisas pra tentar se enganar e não pra traçar rumos. Não prometi que vou parar de fumar. Não prometi que vou perder peso. Não prometi ir a mais lugares ou ver mais coisas. Não prometi nada.

O negócio agora é fazer o que tem de ser feito. Por mais sem sentido que isso pareça. O negocia é levantar da cama num domingo e ir a um lugar que nunca tenha estado antes, ou ler algo que nunca teve tempo, ou qualquer coisa que dê von-ta-de! Às vezes é preciso deixar o impulso nos controlar. Não dá pra ser metódico o tempo todo, sem pirar. Se der certo, ótimo. Mas se não der, tem sempre aquela opção de virar hippie, não é... Não é!?!?!