Pra quem gosta de ler, ver e ouvir - e outras coisas do tipo.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Cinema - 1989

Pois é. Chego, alegremente, ao final da minha saga pelo cinema dos ano 80! Vamos ao meu último "melhor de cinco":


Batman (Batman)

Esse filme dirigido por Tim Burton, narra a saga do jovem e milionário Bruce Wayne, interpretado por Michael Keaton, que diante do assassinato de seus pais começa a se incomodar com a violência e as injustiças de sua cidade e dá início a sua empreitada para combater o crime. Nessa película o vilão é o insano e diabólico Coringa, muito bem interpretado por Jack Nicholson.



Ata-me (¡Átame!)

Não há como não saber que é um filme do espanhol Pedro Almodóvar. Primeiro pelas cores forte. Segundo pelo elenco, que conta com Antonio Banderas, Victoria Abril e Loles León, entre outros. E terceiro, pela peculiaridade da história: Banderas interpreta Ricky, jovem que, ao sair de um hospital psiquiátrico, reencontra Maria Osorio (Abril) uma mulher envolvida com drogas e atriz pornô que ele conhecera no passado em um bordel. Fascinado pela moça, que a amarra até o momento em que esta aprendesse a amá-lo, mas diversas situações imprevistas dão um novo rumo aos acontecimentos. Esse filme é, indiscutivelmente, a cara do Almodóvar.


Cegos, Surdos e Loucos (See No Evil, Hear No Evil)

Um é cego. O outro é surdo. Ambos foram testemunhas de um assassinato e ambos acabam se tornando os principais suspeitos do crime. Muitas cenas inusitadas e engraçadas acontecem enquanto Dave (Gene Wilder) e Wallace ("Wally", Richard Pryor) começam a ser caçados, tanto pela polícia quanto pelos verdadeiros criminosos. Essa é a história de uma das comédias mais malucas que eu já vi.





Um Morto Muito Louco (Weekend at Bernie's)

'Tá bom, 'tá bom! Essa sim é a comédia mais maluca que eu já vi na minha vida!! Afinal de contas, passar uma final de semana andando pra todos os lados com seu chefe morto fingindo que este não o está e ainda por cima ninguém notar é muito surreal mesmo! Bernie Lomax, interpretado por Terry Kiser é assassinado e seus dois funcionários Larry Wilson (Andrew McCarthy) e Richard Parker (Jonathan Silverman) simplesmente decidem fazê-lo parecer vivo. Amarram suas pernas na do morto e saem andando por aí, protagonizando cenas hilariantes enquanto curtem o final de semana e fogem dos assassinos.





Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poety Society)

Em 1959, um ex-aluno (Robin Williams) se torna professor da conservadora escola preparatória Welton Academy. Contudo, seu modo de incentivar seus alunos a pensarem por si próprios se choca com a ordotoxa direção do colégio, principalmente quando fala a respeito de uma tal "Sociedade dos Poetas Mortos".
Não escolhi esse filme filme porque foi premiado no Oscar (Melhor Roteiro Original) e outras premiações. Escolhi por motivos pessoais: sem dúvida, ao acabar de ver esse filme, tive, pela primeira vez, vontade de ser professora. Pois é...


Adendo: Fazer lista é uma tarefa difícil. Portanto, como minha listinha é descompromissada, posso fazer menções honrosas à outros filmes que me agradam muito: Querida Encolhi as Crianças e Olha Quem Está Falando é muito divertido, ainda mais quando se está no clima dos 8 anos. É o tipo de filme que eu vou por para os meus filhos assistirem. Conduzindo Miss Daisy é um filme simples e muito bonito e vale a pena ser lembrado aqui, assim como Meu Pé Esquerdo. E, por fim, meu lado bizarro me obriga a citar Cemitério Maldito, baseado no Pet Sematary do Stephen King, sujeito ao qual dedico muita admiração.
Encerro aqui com sua trilha sonora: Pet Sematary - Ramones!!!





Até mais, pessoas!


sábado, 17 de julho de 2010

Falta de Respeito

Nesse fim de semana que começa em 16 de julho de 2010, somos agraciados depois de 3 anos de atraso a estréia no cinema de “Deth Proof” de Quentin Tarantino. Para entender melhor, esse filme era parte de um projeto do Sr. Tarantino junto com Robert Rodriguez de reviverem as sessões de matinê que juntavam vários filmes em seguida. Até aí tudo bem ... a parte que coube a Rodriguez, “Planeta Terror”, foi lançada no tempo certo e ocupou a parte que lhe cabia nas salas de cinema.

Enquanto todos entendiam a decisão de separar os filmes para lançamento comercial para tentar atingir mais público, uma vez que dois filmes em seguida não é bem a idéia de diversão para o espectador comum de cinemas (somente para cinéfilos), a segunda parte do projeto derrapava na tentativa de ver a luz do sol, isso por que a distribuidora do filme não ficou contente com o desempenho de bilheteria de Kill Bill (o último filme de Tarantino até então) e resolveu por bem não lançar o filme no circuito comercial.

Aí começou o desespero, por que mesmo sendo poucos, os fãs desses filmes são fiéis, e a possibilidade de não conseguir vê-lo na tela grande e amargar um lançamento somente em DVD era bastante decepcionante.

Enfim, depois de 3 anos poderemos ver o filme . Mas a pergunta que realmente devemos fazer é: quantas pessoas esperaram essa estréia nos cinemas? Eu só posso responder por mim. Não esperei, assim que tive a oportunidade arrumei um DVD alternativo e assisti em casa por minha conta, com uma qualidade mais baixa é verdade , mas ainda assim eu vi o filme.

Presta bem atenção, eu não estou dizendo que isso é um hábito (comprar DVDs alternativos) mas nesse caso, diante de tanta falta de respeito e consideração com os fãs, eu não podia esperar a boa vontade de algum engravatado pra lançar o filme. Sim, eu adoro ir ao cinema e ver um bom filme na tela grande comendo pipoca e tomando refrigerante, mas não foi possível fazer isso com “Deth Proof”.

Agora analisemos a situação dos cinemas em geral. Em sua maior parte são complexos dentro de shoppings com 9 ou 10 salas, com uma boa estrutura e conforto (com exceção das músicas que tocam antes das sessões), não vou nem reclamar dos preços que são sim caros, mas ainda assim, podia ser pior. Na última semana eu reparei na variedade de filmes que passam, e infelizmente me decepcionei, já que nos complexos de 9 ou 10 salas estavam passando apenas 3 filmes. Isso mesmo 3 . E esses três filmes eram Toy Story, Sherk, e pra fechar com chave de ouro Eclipse (ou qualquer fase da Lua). Se isso não é uma clara preferência de público eu não sei o que é, deixando os outros segmentos sem opções, esse filme estrearia na quinta-feira e já se via filas pra assisti-lo na terça a noite.

Eu entendo a importância desses fenômenos para os cinemas e para a própria indústria cinematográfica, mas tudo tem um limite seja para Crepúsculo, Harry Potter, ou mesmo Guerra nas Estrelas. Agora vamos pensar direitinho, são somente três filmes em cartaz, sendo que dois são animações, qual o público alvo aqui? Claro que é o infanto-juvenil, não me entendam errado, eu assisti Toy Story e adorei, mas mesmo assim me pergunto onde estão os outros gêneros de filmes?

Segundo ponto: sessões dubladas ou legendadas. Eu concordo perfeitamente que é preciso haver os dois tipos de sessões, mas por que diabos têm uma sessão de “Esquadrão Classe A” (um filme claramente feito para o público da série oitentista, ou seja, já tem mais de 20 anos) dublada as 22:20? Será que alguma criança que não sabe ler irá assistir a esse filme a essa hora? Do fundo do coração eu acho que não! Essa sessão é feita para os marmanjos que tem preguiça de ler qualquer coisa até mesmo as legendas dos filmes ou mesmo a sinopse. Nessas horas ficamos impossibilitados de fazer qualquer coisa com relação a isso já que somos “reféns” da programação, eu já fui a sessões da meia noite do filme “Pagando bem que mal tem?”do Kevin Smith que era censura 18 anos e era DUBLADA. Por favor, sessões depois das 20:00 hrs somente legendadas. As próximas gerações agradecem por não formarmos pessoas medíocres que sequer conseguem acompanhar as legendas no cinema.

Ah, se você quiser saber, “Deth Proof” é muito bom. Tem tudo que um filme tarantinesco tem que ter. Um Maníaco, diálogos muito bons, personagens carismáticos e grandes referências a filmes B antigos. Se é o melhor dele como muitos gostam de alardear a cada filme lançado? Não, mas é um filme muito bom e divertido para os apreciadores de cinema.

PS. Eu não sou contra fenômenos no cinema, desde que eles não me atrapalhem.

domingo, 11 de julho de 2010

Faz um ano...


Tá certo ... Eu sei que ficou meio fora da época, mas estava tudo meio corrido, e não deu pra postar antes...

Em 25 de junho fez um ano que ele morreu, e eu nem me dei conta da data. Será que ele realmente ainda fazia alguma diferença ao mundo das pessoas normais, ou simplesmente vivia de sua “famosidade” do passado, que engloba tanto música como filmes, mesmo que ambos de gosto duvidosos.

Em primeiro lugar vamos deixar bem claro uma coisa: Eu não gosto de Michael Jackson, nunca gostei, nunca assisti ao Moonwalker por que eu não tive o menor interesse, nem quando passava repetidamente no cinema em casa muito menos depois que ele morreu. Porém respeito o lado artístico que representou muito musicalmente no final dos 70 e ao longo dos anos 80. Que é exatamente isso que deve ser ressaltado, sim, ele era um prodígio musical que se destacou entre seus irmãos, mas você há de convir comigo que ser o principal frontman do grupelho do Sr. Joe Jackson facilitou bastante né?

Vamos creditar na conta do pequeno Michael a responsabilidade da popularização dos vídeos clipes com a MTV (reparem na ausência de juízo de valor), do padrão de qualidade musical que ele estabeleceu (novamente, eu nunca gostei da música dele, mas respeito sua importância), ou mesmo podemos dizer que ele foi o primeiro que realmente se aproveitou do circo criado em volta das celebridades como pessoas acima do bem e do mal. Estamos aqui falando a respeito de um artista que vendeu por volta de 750 milhões de álbuns ao redor do mundo, ganhou 13 prêmios Grammy e tem uma legião enorme de fãs.

Enfim, até agora foram destacadas as coisas boas de uma carreira que pode se dizer que chegou ao auge em 1982 com o lançamento de “thriller” , e como diz o ditado, depois do auge, tudo o que vem é decadência. Pode-se dizer que o Sr. Michael Jackson virou refém de sua própria excentricidade a partir do momento que não produzia nada relevante musicalmente. Isso quer dizer que ele tentava chamar atenção de outras maneiras, como comprar uma mansão e batizá-la de Nerverland ( em tradução Terra do nunca em referencia ao Perter Pan), saindo de aviões usando máscaras, ou mesmo se casar com a filha do Elvis (não sei se existe algo mais folclórico do que isso), mas o pior de tudo mesmo foi quando ele segurou o filho dele ainda bebê pra fora da sacada de um prédio.

A partir do final dos anos 80 e começo dos 90, ele foi tomado por um sentimento megalomaníaco com a turnê mundial Dangerous e efeitos incrivelmente inovadores para clipes de músicas não tão boas assim. É praticamente um dever ressaltar aqui, que Michael Jackson foi um grande artista, mas isso tudo contextualizado dentro do seu tempo, infelizmente ele ficou datado e não conseguiu acompanhar o turbilhão temporal.

Infelizmente para seus fãs, Michael Jackson não produzia nada de relevante para a música a mais de 15 anos, se reservando um lugar na mídia somente nas colunas sociais de fofocas com as constantes acusações de pedofilia, o tratamento pouco usual que ele reservava aos seus filhos, sua repentina mudança de cor de pele, seu nariz de massinha ou a constante promessa de uma volta triunfal.

Essa mesma volta triunfal foi uma justificativa para ele voltar a mídia, quando em meio aos ensaios para a grande turnê de 50 shows em Londres, ele morreu sem ter feito uma única apresentação. Deixando seus fãs a ver navios!

A partir disso, o que se viu foi o circo que era sua vida ser elevado a enésima potência. Pra começar a causa da morte não está devidamente esclarecida até hoje, seu médico particular está sob investigação devido aos remédios que ele receitava, todos em alta dosagem, o que pode levar a uma overdose acidental, até hoje existem pessoas que contestam o paradeiro do corpo, questionando se ele realmente está no cemitério de Forest Lawn. A cerimônia de despedida no funeral foi um verdadeiro show, reunindo diversos tipos de celebridades incluindo os próprios filhos de Jackson, que raramente saiam de casa e nunca sem suas máscaras fazendo discursos em cadeia nacional, ou até o próprio senhor Joe Jackson anunciando em pleno funeral seu mais novo selo musical (quer melhor propaganda do que essa??).

E como se não bastasse, nesse último ano, os Jackson estão ensaiando uma volta dos Jackson’s 5. Mas peraí, sem o astro da companhia?? Como eles vão se chamar, Jackson’s 4???

Faça-me o favor, já não basta o próprio Michael Jackson não se sustentar a altura do seu pretenso talento, agora temos que engolir todos os aproveitadores, inclusive o próprio pai da criatura que acreditava na linha dura com seus filhos e até foi acusado de maus tratos contra seus filhos, e agora quer uma fatia do bolo do falecido, isso por que alguns cálculos foram feitos e a morte dele rendeu aproximadamente 1 bilhão de dólares entre CDs, direitos de músicas( as pessoas gostam de ressaltar que ele tinha boa parte do catálogo dos Beatles,o que causou uma “pequena” divergência com Sr. Paul McCartney), ou desse pseudo documentário dos ensaios “da maior turnê que nunca aconteceu” . Todo esse dinheiro veio em hora certa, já que algumas pessoas alardeavam que ele poderia declarar falência a qualquer momento devido a dívidas que chegavam a 500 milhões de dólares.

Na verdade o que deve ser discutido nesse casso é se Michael Jackson ainda tinha alguma relevância dentro do mundo da música, ou se sua morte foi uma fatalidade extremamente bem aproveitada por seus agentes e empresários para tirar o pé da lama!

Pode-se dizer que dessa vez ele conseguiria voltar ao topo, mas essa é uma pergunta que nunca saberemos a resposta, ao mundo da música só resta se agarrar a influência deixada por ele e tentar criar o próximo fenômeno que tentará ser o substituto.

Vide as palavras de outro gênio: “ É melhor queimar de uma vez , do que desaparecer aos poucos” ( Acho que é isso !).

PS: Diante de tanto teatro feito com isso e transformado num evento, não ficaria surpreendido caso ele aparecesse vivo daqui a algum tempo. (Viajei né???!!)

terça-feira, 6 de julho de 2010

Cinema - 1988

Depois de um tempinho, retomo meu saudosismo ao cinema dos anos 80. Os mais bacanas de 1988:

A Insustentável Leveza do Ser (The Unbearable Lightness of Being)

Baseado no livro checo (cujo nome é deveras complexo) publicado em 1984, por Milan Kundera. O romance se passa na cidade de praga em 1968. Virou filme em 1988, dirigido por Philip Kaufman e conta a história de um jovem cirurgião chamado Tomas (Day-Lewis), que está determinado a levar a vida de maneira alheia a quaisquer compromissos ou ideologias políticas. O filme traz ainda Juliette Binoche e Lena Olin, em um dos triângulos amorosos mais quentes do cinema. Foi indicado ao Oscar por Melhor Fotografia e Melhor Roteiro Adaptado.


Os Fantasmas se Divertem (Beetle Juice)

Essa comédia dirigida por Tim Burton, traz Geena Davis e Alec Baldwin como um casal recém falecidos que contrata um sujeito nada normal - o Beetle Juice (Michael Keaton) - para expulsar os novos moradores de sua velha casa. O filme, muito divertido, fez tanto sucesso que acabou levando uma série de desenhos para a televisão. Vê só:







Quero ser grande (Big)

Conta a história de um garoto que, depois de ser humilhado por uma garota que o acha muito novo, vai a uma máquina de desejos e pede para ser "grande". No dia seguinte, surpreendentemente, ele se vê transformado num adulto de trinta anos, que assusta até sua própria mãe, que, obviamente, não o reconhece e pensa que é um estranho (essa cena, por sinal, é muito engraçada). Quero ser grande foi indicado ao Oscar por Melhor Ator e Roteiro Original.









A Última Tentação de Cristo (The Last Temptation of Christ)


Baseado no romance homônimo do grego Nikos Kazantzakis, publicado em 1951, este filme deu uma indicação ao Oscar à Martin Scorsese como Melhor Diretor, A Última Tentação de Cristo conta com Willem Dafoe no papel do próprio e Harvey Keitel como Judas.
Talvez o mais polêmico filme de Scorcese, este nos propõe uma instigante re-concepção da vida de Cristo não à luz das suas virtudes divinas, mas sim das suas inconfessáveis fraquezas humanas




Uma Cilada para Roger Rabbit (Who Framed Roger Rabbit)


Baseado no romance Who Censored Roger Rabbit?, de Gary K. Wolf , O filme combina o uso de animações e atuações convencionais, e destaca-se no elenco Bob Hoskins, Charles Fleischer, Christopher Lloyd, Katheleen Turner e Joanna Cassidy. O filme se passa em Hollywood, em 1947, onde os personagens de desenho animado co-existem e interagem naturalmente com os seres humanos. O filme conta a história de Eddie Valiant, um detedive capturado em um mistério que envolve Roger Rabbit, um famoso astro dos desenhos animados acusado de homicídio. O filme, na premiação norte-americana, venceu nas categorias Melhor Montagem, Melhores Efeitos Especiais e Melhores Efeitos Sonoros. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhor Som.