Pra quem gosta de ler, ver e ouvir - e outras coisas do tipo.

sábado, 24 de abril de 2010

Especial Cinema 1987

Olá! Embora esteja atrasada, aqui vai a listinha dos filmes mais marcantes de 1987:


Os Intocáveis (The Untouchables, EUA)
Direção: Brian de Palma
Elenco Principal: Kevin Costner, Robert DeNiro, Sean Connery, Charles Martim Smith, Andy Garcia.

O filme é ambientado em Chicago, nos anos 30 - logo após a grande crise econômica de 1929 - e conta a história do agente Eliot Ness (Kevin Costner) que recruta um pequeno time de corajosos homens para tentar acabar com o império do gângster Al Capone (Robert DeNiro).
Por sua interpretação, Sean Connery levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, em 88.



Namorada de Aluguel (Can't Buy Me Love, EUA)
Direção: Steve Rash
Elenco Principal: Patrick Dempsey, Amanda Peterson, Courtney Gains, Tina Caspary e Seth Green.


Sim, uma comédia romântica na minha lista! Namorada de aluguel conta a história de Ronald Miller (Patrick Dempsey) que era um nerdinho que sempre sonhou em ser o popular do colégio. Ronald consegue realizar seu "sonho" quando a linda e popular Cindy Mancini (Amanda Peterson) está precisando de dinheiro e acaba aceitando grana para que finja ser namorada do moço. Todo esse monte de clichês e estilo norte-americano acabam sendo bem aproveitados e o filme fica bem engraçadinho, especialmente no baile de formatura onde Ronald "lança" a dança do tamanduá africano. Veja aí!







La Bamba (La Bamba, EUA)
Direção: Luis Valdez
Elenco Principal: Lou Diamond Phillips, Esai Morales, Rosanna DeSoto e Elizabeth Peña.

Richard Steven Valenzuela, o Ritchie Valens, marcou o final da década de 50 com uma carreira meteórica, receada de sucessos inclusive a canção que intitula o filme La Bamba, que você pode até não gostar, mas já ouviu inúmeras vezes. Valens era descendente de mexicanos e fez muito sucesso nos EUA (e estamos falando da década de 50). Sua carreia foi encerrada num acidente de avião, em 1959, que tirou sua vida e de outros astros do rock da época: Buddy Holly e Big Bopper.








*O Milagre Veio do Espaço (*batteries not included, EUA)
Direção: Matthew Robbins
Elenco Principal: Hume Cronyn, Jessica Tandy, Frank McRae, Elizabeth Peña, Michael Carmine.

Bem familiar, O Milagre Veio do Espaço conta a história de alguns moradores de um prédio antigo que devem sair do local para que o lugar seja demolido. Cinco inquilinos decidem não sair e uma gangue é contratada para retirá-los de lá de algum jeito. E é aí que criaturas extra-terrestres eletrônicas aparecem. As personagens sofridas e as criaturas do espaço esperançosas fazem uma trama levada no bom humor e despertam uma certa compaixão em quem assiste.




Nascido Para Matar (Full Metal Jacket, EUA)
Direção: Stanley Kubrick
Elenco Principal: Matthew Modine, Alam Baldwin, Vincent D'Onofrio, R. Lee Ermey e Dorian Harewood
Kubrick nos leva a entrar no mundo do exército que treina seus recrutas de forma fanática e sádica para transformá-los em máquinas de guerra, para combater no Vietnã. Após serem transformados em fuzileiros, ficam desumanizados e vão para o horror da guerra. Foi o penúltimo filme de Kubrick e é, ao lado de Platoon e Apocalypse Now, considerado um dos melhores filmes sobre a Guerra do Vietnã. Foi indicado ao Oscar na categoria Melhor Roteiro Adaptado, pois é baseado no romance de Gustav Hasford, The Short Times.

É claro que toda lista é lá meio tendenciosa. Esta tende para os filmes que, pessoalmente, aprecio mais. Porém, outras películas do ano em questão também merecem ser citadas: Arizona Nunca Mais, Garotos Perdidos, Império do Sol e A Festa de Babette.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Arquivo X


Nos idos anos 90 aconteceram muitos fenômenos, entre os quais podemos destacar o estilo musical vindo de Seattle denominado grunge, a consolidação da globalização, o processador Pentium ou mesmo a primeira guerra do golfo empreendida pelo papai Bush. Mas umas das coisas mais marcantes que aconteceram nessa década gloriosa é um fenômeno cultural televisivo, e se Lost alcançou o patamar que tem hoje, muito se deve a esta série que desbravou outras mídias, sim , é claro que estou de falando de Arquivo X.

Essa série que durou de 1993 até 2002, com suas noves temporadas, conseguiu desbravar territórios e alcançou um patamar de unanimidade entre críticos e fãs. Era uma série de ficção científica, mas tinha seus toques de humor, ação, suspense e até mesmo terror com um episódio escrito por Stephen King chamado “feitiço” da quinta temporada.

A série trata dos arquivos X, uma divisão do FBI (Federal Bureau of Investigacion) que cuida de todos os casos com algum envolvimento paranormal e que não foi solucionado, isso incluí magia, ocultismo, satanismo, vida extraterrestre, conspirações ou mesmo situações que não foram muito bem explicadas.

O diferencial aqui é que a própria história dos personagens se confunde com os arquivos X, direcionando as coisas para um envolvimento pessoal em vários casos, mas nunca sem perder a objetividade do episódio. O equilíbrio entre a trama e o aprofundamento dos personagens é perfeita.

Ao longo de suas nove temporadas, muitos personagens se destacam, mas vamos nos concentrar somente nos principais:

Fox W. Mulder (David Duchovny)- Formado em Oxford em psicologia com especialidade para mentes criminosas, passa com louvor nos teste do FBI, e traça perfis de criminosos com êxito o que lhe dá uma certa liberdade para trabalhar na área que quiser, então reabre os arquivos X com todos seus casos não solucionado. Tudo isso ele fez para realizar sua cruzada particular que é encontrar sua irmã, Samantha, que foi supostamente abduzida na sua frente quando ambos eram crianças. Mulder é uma pessoa obstinada, e crente na maioria das coisas, desde monstros e conspirações até magia e vampirismo e fantasmas. Ele é basicamente o motor da série já que normalmente é ele quem seleciona os novos casos. Muitas vezes suas crenças também atrapalham isso quando o impede de ver através de algo que ele quer acreditar.

Dana K. Scully (Gillian Anderson)- Médica legista e física cresceu em uma família estável, católica por formação acredita em uma ordem natural que é sempre desafiada em suas investigações. A princípio ela foi designada por seus superiores para o Arquivo X para que pudesse desacreditar Mulder e suas teorias paranormais com a ciência aplicada que era o seu forte, fornecendo a eles relatórios detalhados de cada caso investigado, mas ela não era uma espiã ou delatora e sim foi um acréscimo valioso com colaborações importantes usando a ciência na investigações sendo um contraponto para fé de Mulder.

Esses são os personagens que são essenciais na mitologia principal da série, que envolvia uma conspiração governamental para encobrir não só a existência de vida extraterrestre, mas também que esses seres já estavam no planeta preparando uma colonização a partir do desenvolvimento de uma raça híbrida entre aliens e humanos com ajuda governamental. Por diversas vezes eles chegam muito perto de desvendar esses planos devido a rebeldes que querem expor a situação, raças alienígenas rivais, ou mesmo falha nos planos provocada pelos agentes. A conspiração envolvia os altos escalões do governo que fazem um acordo para sobreviverem oferecendo cobaias humanas para as experiências.

A música da série merece uma menção especial por ser responsável pelo clima de suspense em seus episódios, mas ao mesmo tempo também consegue conduzir para uma ação mais desenfreada quando é exigido ao longo da série. Marc Snow o responsável pelas composições também assina trabalhos em outros seriados como Smallville, Millennium e Birds of Prey .

A série foi um fenômeno grandioso como não se via a muito tempo, gerando um hype enorme ao redor dos atores e criadores da série, jogos de vídeo game, revistas, e o até mesmo um primeiro longa metragem entre a quinta e a sexta temporada. Os assédio das emissoras pelo sucesso dos criadores foi tantos que eles criaram uma série nova, nesse caso não era o um spin-off, mas a temática bizarra ainda foi mantida com Millennium com assassinos em série e crimes violentos, mas embasado na natureza humana ao invés do sobrenatural. Essa série durou somente três temporadas, e teve sua conclusão em um episódio do próprio Arquivo X em um crossover maravilhoso na sétima temporada chamado “Millennium” com um beijo entre Mulder e Scully ao final do episódio.

Outra série spin off dos mesmos criadores foi Os Pistoleiros Solitários (título em alusão a teoria do atirador único que matou JFK), que acompanhava as aventuras dos amigos de Mulder, Melvin Frohike, John Fitzgerald Byers e Richard Langly, que conseguiam ser mais paranóicos que ele, já que publicavam um folhetim homônimo para desmascarar o governo e eram especialistas em tecnologia. Essa série tinha um tom mais leve e humorístico sem influência exacerbada do sobrenatural mesmo assim ainda tratava de conspirações governamentais para deixar a população cada vez mais no escuro. A título de curiosidade o episódio piloto dessa série tratava exatamente de um avião batendo no World Trade Center (!!), mas por mais legal que fosse, não teve vida longa e foi cancelada ainda em sua primeira temporada, tendo seus personagens encontrado sua conclusão também no próprio Arquivo X no episódio da nona temporada chamado “Eles nunca morrem”.

Nos nove anos de exibição a série passou por diversas mudanças, por questões criativas e até mesmo financeiras no caso de Duchovny, acontecendo a troca dos personagens principais, mesmo com aquisições de peso no elenco como Robert Patrick (o inesquecível T-100 de Exterminador do Futuro II) como protagonista masculino e descrente em fenômenos paranormais John Dogget recomeçando a dinâmica do começo da série, mas agora Scully com papel invertido e depois substituída por Monica Reyes( Annabeth Gish) , e até mesmo a Lucy Lawess (a Xena hehehe) como uma vilã. Mas a força dos personagens originais foi mais forte e superando as crises extra-série todos foram reunidos para o grande final, visto que com a troca dos personagens e certo desgaste o programa havia uma perda de fôlego.

Analisando friamente o final da série, infelizmente foi aquém das expectativas com relação as soluções das conspirações que se desenvolveram ao longo da série , mas mesmo é muito digno ao espírito da série, em que os personagens tanto Mulder e Scully quanto Dogget e Reyes e suas relações intra e interpessoais são exclusivas e tão interessantes quanto uma invasão alienígena. Quando possível farei uma análise de cada temporada.

Em 2008 após um hiato de 6 anos do fim da série, chega aos cinemas Arquivo X: Eu quero acreditar. Que trazia a continuação da vida dos agentes após o fim da série onde Mulder e Scully vivem juntos, quando são chamados a trabalhar novamente com FBI em um caso de seqüestro a assassinato sem explicação até o momento. Por mais que o filme pareça “só” mais um episódio com um “monstro da semana” é sempre muito bom ver esses personagens juntos novamente investigando seus casos bizarros.

Segundo a o IMDB a equipe criativa e elenco continuam na ativa. Chris Carter criador e roteirista aparecem o roteiro de “Fencewalker” em fase de pós-produção, Frank Spotnitz continua com roteiro para televisão com uma série chamada “Samurai Girl”, David Duchovny continuou com uma carreira bem movimentada tanto no cinema como na televisão com filmes de comédia com “Evolução”, e a série “Californication”, Gillian Anderson se mantém fora dos holofotes, mas também se mantém ocupada, “Smell of Apples” seu ultimo trabalho em desenvolvimento.

Notícias de um terceiro filme sempre aparecem, e a torcida sempre existe, os fãs estão aguardando pelo próximo capítulo cinematográfico. Enquanto isso só resta aproveitar o que já foi feito, ou os filhotes deles Fringe e Supernatural.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Como descartar seu e-lixo


Não é necessário ficar aqui explicando as necessidades de descartar qualquer tipo de lixo de maneira adequada, ou seja, de maneira que esse lixo não fique acumulado em qualquer lugar e, de preferência, que seja reaproveitado. Se você mora na região choveste, por exemplo, já percebeu que o clima anda meio diferente e que excesso de gente e de lixo pode causar alguns probleminhas no cotidiano.

Quando você troca seu celular por outro muito mais moderno que tira foto, filma, toca música e faz cafés ou quando você troca seu computador por um muito mais novo e muito mais legal, você joga as coisas antigas fora e causa um problemão com um monte de lixo. Mas não é porque você compra algo novo que tem que jogar as velhas em qualquer lugar, não é colega?

Por isso, vou dedicar um tempo para mostrar algumas maneiras de descartar melhor o NOSSO e-lixo, lixo proveniente de equipamentos eletrônicos, em geral.


Para começar, há um site bem bacana, o http://www.e-lixo.org.br/, que indica lugares mais próximos de você que recebe e-lixo. Você só precisará digitar seu CEP, nº da residência e o tipo de lixo que quer descartar. Infelizmente, esse serviço só funciona para São Paulo.


Existem outras opções para procurar um descarte adequado para aquilo que você não quer mais, veja só:


Associação Brasileira de Distribuição de Excedente: http://www.abre-excedente.org.br/;
Casas André Luiz: http://www.andreluiz.org.br/;
Comitê de Democratização de Informática: http://www.cdi.org.br/;
Centro de Recondicionamento de Computadores: http://www.oxigenio.org.br/;

Existem empresas que promovem um canal para recolher material da própria marca, como:

HP: bit.ly/reciclagemhp;


Operadoras que recolhem celulares, baterias e acessórios:

Nokia: bit.ly/reciclagemnokia;
Vivo: bit.ly/vivorecicle;
Claro: bit.ly/clarorecicla;
Tim: bit.ly/reciclagemtim.


Para encerrar, a USP tem o Centro de Coleta, Reúso e Descarte Susentável de Lixo Eletrônico, que fica dentro da cidade universitária e recolhe computadores e afins e reutiliza praticamente todo o material. Para informações ligue (11) - 3091 - 6454, mande um e-mail para consulta@usp.br ou vá até lá, funciona de segunda a sexta, das 8h as 18h.

Agora, ao invés de só reclamar das chuvas, da poluição, das enchentes e do governo aproveite para fazer sua parte.

Todas essas informações foram retiradas da Folha de São Paulo, de 31 de março desse ano.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O Fim do mundo?


A época de chuvas do começo do ano já passou, mas mesmo assim as águas insistem em cair do céu na terra cinzenta da garoa persistem, causando enchentes e transtornos. Cada vez mais pessoas pagam um preço alto devido intensidade dessas chuvas, alguns até mesmo com a vida.

Qual será realmente o problema das cidades para não estarem preparadas para esse tipo de situação? Ninguém aqui está duvidando que choveu pra caramba nesses últimos tempos. Porém não é uma coisa que se pode chamar de inédito já que de tempos em tempos somos pegos de surpresa com chuvas colossais, que desafiam a coragem dos trabalhadores a cada dia de labuta.

Bom, para justificar que não é o fim do mundo, é só fazer uma pesquisa simples para ver que esse tipo de problema assola as metrópoles do Brasil já faz algum tempo e se repete com maior freqüência de tempos em tempos.

O problema aqui não é só o impacto ambiental causado pelo homem na natureza, mas a falta de planejamento urbano e crescimento desordenado com que convivemos. A falta desse tipo de planejamento afeta a todos em tempos emergenciais, como já disse e vou ressaltar, pessoas perdem a vida, e as que sobrevivem a este dia-a-dia miserável e de incertezas normalmente perdem todos os seus pertences, e ficam a mercê de um Estado que não se importou em tomar medidas preventivas.

Infelizmente não adianta só rezar para que isso não aconteça mais, mas temos que refletir sobre quais planos e políticas públicas estão entrando em ação para prevenir a sociedade desses problemas que acontecem todo ano.

Este ano teremos eleições, então, nunca é demais pedir uma conscientização com os votos. Esse é só um exemplo da má administração com que convivemos. Enquanto as políticas forem para remediar os danos e não para prevenir esses danos de acontecer, continuaremos a assistir indignados a esse tipo de situação catastrófica.

Não é por que as coisas são assim, que elas devem ser assim!

Cinema - Especial 1986

Nessa semana nossa listinha cinematográfica relembra os mais bacanas de 1986. Veja só:


Platoon (Platoon, EUA)
Direção: Oliver Stone
Elenco: Tom Berenger, Willem Dafoe, Charlie Sheen, Forest Whitaker, Francesco Quinn, entre outros.

Platoon tem como pano de fundo a Guerra do Vietnã. Chris (Sheen) é um jovem recruta norte-americano que vai à guerra porque acredita que deve lutar por seu país, como seu pai e avô. Mas aos poucos sua crença nessa luta por seu país vai se perdendo ao experimentar muita violência que parece não ter mais sentido. Stone escreveu o roteiro baseado na própria experiência que teve durante essa guerra. O filme foi vencedor no Oscar de 87 nas categorias Melhor Filme, Diretor, Som e Montagem e ainda concorreu por Melhor Ator Coadjuvante (Tom Berenger e Willem Dafoe), Melhor Roteiro Original e Fotografia. Foi premiado também no Globo de Ouro, No BAFTA e no Festival de Berlim.




O Declínio do Império Americano (Lé Declin de l'Empire Américain, Canadá)
Direção: Denis Arcand
Elenco: Dominique Michel, Dorothée Berryman, Louise Portal, Pierre Curzi, Rémy Girad, entre outros.

Não é o tipo de filme que agrada todo mundo e não vai te fazer morrer de rir no sofá - e nem é essa a intenção. Conta a história de um grupo de intelectuais que se reúnem para um jantar. Nesse tempo discutem diversos assuntos e passeamos por críticas sociais e reflexões individuais. O título sugere que todo império, durante a história, teve seu auge e sua decadência. Assim, remete-nos a refletir sobre a hipocrisia da perfeição do estilo norte-americano de viver aludindo o declínio de um império. Foi indicado ao Oscar por Melhor Filme Estrangeiro, mas perdeu para o holandês O Assalto (De Aanslag).






Labirinto - A Magia do Tempo (Labyrinth, Inglaterra, EUA)
Direção: Jim Henson
Elenco: David Bowie, Jennifer Connely.

Esse filme deixava a criançada colada na frente da TV, pois Sara (Connely, bem jovenzinha com seus 15 aninhos) precisava atravessar um laribinto mágico para chegar no castelo do malvado Jareth, o rei dos anões, sujeito que havia levado seu irmãozinho pequeno. Tudo bem que dá para perceber bem em algumas cenas que são dois meninos diferentes que fazem o pequenino. Mas tudo bem, eu, pessoalmente, só notei depois de me tornar essa velha chata que sou (sic). A trilha sonora foi composta e cantarolada pelo próprio Bowie, sujeito esse que aprendi a adorar desde criancinha...










Dance Magic Dance!




Conta Comigo (Stand By Me, EUA)
Direção: Rob Reiner
Elenco: Wil Wheaton, River Phoenix, Corey Feldman, Jerry O'Connell, Kiefer Sutherland, entre outros.

Baseado no conto O Outono da Inocência - O Corpo (The Body) de Stephen King, Conta Comigo narra a história de quatro amigos que saem em busca de um corpo de um adolescente que estava desaparecido há mais de três dias, na mata e essa aventura acaba se transformando numa jornada de auto-conhecimento, que os marcaria para sempre. Foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. Sabe-se que nessa história há muito da vida pessoal de King. A parte onde sanguessugas colam em um dos rapazes aconteceu com o próprio King, segundo ele.








Stand By Me - Trilha do Filme



Curtindo a Vida Adoidado (Ferris Bueller's Day Off, EUA)
Direção: John Hughes
Elenco: Matthew Broderick, Alan Ruck, Mia Sara, Jeffrey Jones, Jennifer Grey, Cindy Pickett, entre outros.

Nesse filme, um cara sente um desejo incontrolável de matar aula e faz de um tudo para que isso aconteça - e para não ser descoberto em sua peraltice e não ser punido. Que sonho! Sem dúvida nenhuma deixou um monte de adolescente com a cabeça cheia de idéias malucas!

Matar aula seria ainda mais divertido se o pai do meu melhor amigo tivesse uma Ferrari...








E que final!

domingo, 4 de abril de 2010

Batman

A criação desse personagem tão icônico se deu em 1939 na revista Detective Comics 27, foi criado por Bob Kane, e Bill Finger mas somente o primeiro tem os crédito até hoje. Processos judiciais a parte o personagem foi baseado no Drácula com sua figura do morcego e estilo sombrio.

Toda a história começa com os pais de Bruce, Thomas e Martha Wayne sendo assassinados na frente de seu único filho ainda criança, após assistirem a uma sessão do filme a Marca do Zorro. Esse trauma transformou a vida do jovem Bruce, que a partir de então se dedicou a aperfeiçoar sua mente e seu corpo para enfrentar todo e qualquer tipo de criminoso, estudando e convivendo com mentes criminosas, e treinando em variadas formas de combate corpo-a-corpo, uma vez que desenvolveu uma aversão a armas de fogo.

O grande mérito do personagem é que eles escolheu ser um combatente do crime, e se esforçou pra isso, ele não tem super-poderes, não recebeu um anel do espaço, não foi picado por uma aranha radioativa, não ficou preso em uma ilha e foi obrigado a aprender a caçar com arco e flecha nem tão pouco construiu uma armadura. Simplesmente decidiu-se no combate ao crime com suas armas mais poderosas: a mente e o corpo. E que fique muito claro, ele não faz isso por vingança, como o Justiceiro, mas para que ninguém mais sofra o que ele sofreu e sofre com a perda de seus pais.

Os métodos de combate ao crime adotados por ele são os do terror, por isso usa a figura do morcego que era o que o assustava em sua infância desde quando caiu em uma caverna povoada por morcegos em sua propriedade, que futuramente se tornaria sua base de operações. Encher os criminosos de medo é uma tática bem útil, fazendo com que eles tomem medidas desesperadas, a figura elemental do medo é comum a todos os seres humanos. Batman usa o fogo contra fogo se diferenciando dos próprios parceiros no bom combate. Tudo isso com o uso aplicado da inteligência, nem todos seus inimigos oferecem apenas o desafio físico, outros testam os limites de sua astúcia, Batman, assim alcança a alcunha de grande Detetive.

Batman é um herói muito mais complexo e pode ser mais analisado dentro das nuances de sua psique, dos seus traumas e de sua cruzada. Para ilustrar, comentemos a respeito de uma das melhores histórias já contada dele, senão a melhor até mesmo entre todos os heróis. O Cavaleiro das Trevas é uma obra originalmente publicada em 1986 em quatro edições, em um período em que os quadrinhos lutavam para sair dos efeitos do livro que os acusava de ser má influência para os jovens e por isso sofriam uma pesada censura. Some a isso uma estagnação econômica do final dos anos 70 que limitava e limava a criatividade dos criadores. Junto com Wacthmen de Alan Moore, O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller quebra todas essas barreiras impostas apontando novas direções para os super-heróis com um comportamento mais agressivos e menos ingênuo.

A história: em um futuro não muito distante, a cidade de Gotham se vê assolada por uma onda de calor e de crimes perpetuados pela gangue dos mutantes, que são jovens perdidos dentro de uma sociedade que não sabe bem o que fazer com eles, então a saída obvia para uma parte dessa juventude é o crime. Fazem 10 anos desde a última aparição do Batman e muitos acreditam que ele não passa de uma lenda urbana. A narrativa principal é entrecortada pelos noticiários, o que nos deixa a par da situação social em que esse mundo se encontra.

Bruce Wayne agora é realmente um playboy, participa de corridas de carro, bebe de verdade e tem uma vida social ativa. Mesmo assim ainda sente o vazio em sua vida deixado pelo capuz e pelo combate ao crime, mas se engana quem acha que ele sente falta da ação e da adrenalina, seu desconforto é com o estado deplorável que se encontra a cidade.

Em uma clara alusão ao Batman sendo uma força da natureza, seu retorno acontece na mesma noite em que o calor cessa. O velho Bruce Wayne se rende a sua contraparte lembrando-se da noite em que seus pais foram assassinados no beco do crime, e assim renasce a lenda.

Não demora para que a notícia apareça, já que ele faz diversas aparições em uma única noite, e o debate que acompanha sua volta também tem início co manifestações a favor com Lana Lang (essa mesmo! A amiga do Super-Homem) sendo a principal representante, e o Psiquiatra de Harvey Dent como principal voz contrária. Vale destacar que antigos inimigos voltam a ativa após saberem do retorno do cruzado de capa entre eles o próprio Dent e o Coringa que sai do estado catatônico. A gangue dos mutantes também contribui com uma parcela para o caos, e assim que possível Batman os confronta em uma pequena guerra a bordo do Batmóvel, ou seria Bat-tanque? Restando apenas o líder em pé, o confronto direto se faz necessário, e mesmo não sendo derrotado, o líder vai preso e Batman descobre uma nova ajudante umA Robin.

O personagem Robin sempre representou a jovialidade e uma identificação juvenil para todo o clima sombrio que cerca a figura do Batman. Nesse caso é pior pois em uma cidade corrompida uma garota se veste com trajes colorido, se pendura por prédios e seus pais mal dão falta dela , já que estavam ocupados demais com hábitos pouco ortodoxos.

A certa altura, a discussão social sobre os métodos e o impacto social que ele causa, chegam a incomodar o presidente dos EUA, que à época seria Ronald Reagan (o ator), porém uma comparação com George W. Bush não é nenhum absurdo, com todas suas comparações entre países e ranchos em um diálogo com seu menino de recado de uniforme azul. Ele deixa claro ao Super-Homem que a situação em Gotham precisa ser controlada e cabe a ele fazer isso, pois conhece o Batman e seus métodos.

Em um monólogo do Super-Homem fica claro que ele esta receoso com a posição do Batman e sobre que tipo de conseqüência isso pode trazer para a amizade deles, já que Wayne é tão obstinado, que discordou até mesmo da sanção aos super-heróis tempos atrás.

A partir daí o ritmo frenético só aumenta, com o Super-Homem sendo chamado para resolver uma crise internacional contra os russos em Corto Maltese, enquanto que o Batman lida definitivamente o Líder mutante, arrebanhando os membros restantes e indecisos da gangue como “filhos do Batman”. Mas o que realmente é espetacular é o confronto com o Coringa em que o homem-morcego promete ser o último e o persegue fazendo a contagem de corpos de quantos deveriam sobreviver se ele tivesse acabado com isso tempos atrás, incluindo Jason Todd, o segundo Robin.

Como o melhor está sempre guardado pro final, no último ato,temos o Batman tomando conta da situação com uma cavalgada apoteótica após um pulso magnético instalar o caos e o desespero, além do retorno do Super-Homem, para um confronto épico e titânico de proporções gigantescas envolvendo os dois maiores ícones super-heróicos com uma participação mais que especial do Arqueiro Verde que “profetiza” que em um mundo como aquele, não há lugar para os dois.

Uma obra majestosa com um final digno e arrebatador, por essas e por outras razões eu considero essa a maior e melhor obra de História em Quadrinhos de Super-Heróis que eu já li, se por acaso você ainda não leu está dispensado agora para fazê-lo.

O Batman pode ser considerado um terrorista sim, mas contra um sistema corrupto e um status quo desigual que privilegia os desonestos, é uma força social sim , a partir do momento que inspira as pessoas a lutarem pelos seus direitos, e claro , um herói sem igual que enfrenta adversário mais forte com inteligência.


Nota final: Batman sempre foi Batman, nunca homem morcego ou morcego homem ...certo ?! E aliás, o super- poder dele é a Determinação inabalável, coisa que deveria ser comum a todos nós.