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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Feliz Ano Velho

Muito bem, eu sei que disse que escreveria mais por aqui... eu estou tentando.

Pra retomar novamente, eu escolhi um livro que eu li a pouco tempo, e que além de ser um passatempo agradável, também oferece uma nova perspectiva de olhar a vida.

O livro em questão “Feliz ano velho” trata das experiências vividas por Marcelo Rubens Paiva quando é forçado a se adaptar a sua nova vida após um acidente que o deixa tetraplégico. O livro, escrito pelo próprio, percorre suas experiências logo após o acidente, e também acontecimentos que antecederam aquele dia fatídico.

O interessante é ressaltar tanto a relevância pessoal que cada um pode ter, como também analisar as referências no que se refere ao período que se passa a história.

Ter a ditadura militar brasileira como pano de fundo pode ser um tanto quanto complicado, mas nunca monótono, sempre haverá os que defendem e os que se opõem. Mas no caso em questão, o segredo é abordar de uma forma completamente diferente, em que o autor não pretende (aparentemente) fazer algum tipo de juízo de valor, simplesmente relata os fatos do regime que atingiram ele e sua família, uma vez que seu pai era político, o deputado Rubens Paiva. Além disso, no campo “histórico” é legal também ver o cenário popular que havia no Brasil, os movimentos estudantis, não somente político, mas culturais, com festivais de música, ou mesmo somente perceber a interação das amizades do autor antes e depois do acidente.

Neste livro, a história acontece com um desenvolvimento particularista, ou seja, sempre sob a perspectiva em primeira pessoa do autor, o que torna as coisas bem peculiares de acordo com que era visto naquele momento. E como essa visão muda de acordo com amadurecimento do protagonista em sua nova condição física, mas sua mente nunca pára de trabalhar e de reparar em pequenos detalhes.

Com relação a já citada condição física é muito difícil comentar, ou mesmo tentar acrescentar alguma coisa, por que nunca nem de longe eu passei por algo parecido, o máximo que eu tive foi um tornozelo quebrado , e nem é digno de comparação. A única coisa que posso fazer é dizer que ler o livro, mesmo que às vezes tenha me deixado um pouco mais pensativo, também foi uma diversão e um aprendizado sobre como a vida pode mudar de um minuto para o outro e nos ajuda a pensar melhor nas nossas decisões mesmo que nas mais corriqueiras, por que elas terão conseqüências, sempre.

Eu não acho que isso seja a crítica (no bom sentido) do livro, por que não sou um crítico literário, isso é apenas uma indicação de uma boa leitura. Tanto que eu evitei propositadamente de ficar fazendo citações do livro, mas vou recomendar duas passagens. Tanto a parte que ele tem que se acostumar com sua enfermeira, como o festival de música e a participação do Tom Zé, eu achei realmente muito boas.

Este é um livro fácil de ser achado, este não será um problema, se alguém não achar ,eu posso emprestar o meu, e a leitura é muito agradável e rápida.

Até mais Boa leitura.

2 comentários:

  1. Vi...
    Primeiramente, FELIZ ANIVERSÁRIO!!!!
    hihihi

    Gosto muito desse livro. Quando li pela primeira vez, lembro-me de ter uma grande empatia pelo Marcelo. Na época, eu estava na faculdade, vivendo, de certa forma, a mesma fase que ele passava na época do acidente: as festas na faculdade, as novas amizades, morando sozinho e tal...
    Além disso, o livro me instigou a procurar outras informações sobre o período da ditadura militar (claro, o que estudei na escola foi muito raso!), e por causa dele acabei passando por outros livros, como "As Meninas", de Lygia Fagundes Telles, além do livro do Frei Betto "Batismo de sangue" e alguns outros.
    Uma ótima leitura!

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  2. Obrigada por ter me emprestado e sugerido esse livro, eu gostei muito, tanto, que fiz minha mãe ler antes de te devolver. rsrsrs
    Beijos, e até logo.

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